30 de julho de 2011

Um ano de blog.

Julho: mês de aniversário deste blog. Depois de 12 meses, vejo como este blog se tornou uma válvula de escape de minhas idéias. Idéias que a cada postagem pronta era um alívio. Alívio de manter atualizado um projeto que resolvi tocar.

Confesso que fiquei satisfeito com as proporções que este blog teve nesse seu primeiro ano. Alguns textos realmente me emocionaram, alguns são preferidos, porém, a emoção de cada texto novo criado é a mesma emoção que um pai tem para com seus filhos nascidos.

Até o momento em que redijo este texto de aniversário, foram 5.502 visitas. O mês que mais teve visitas foi o mês de abril deste ano com 621 visitas, batendo por uma o mês de outubro do ano passado, que teve 620 visitas.

O texto Uma de minhas Paixões tem quase metade das visitas registrando um total de 2.214 cliques. Nesse texto, por coincidência ou não, eu falo da RICA história do maior clube desse país: Vasco da Gama.

O texto "UPPs: uma mentira" é o segundo em maior número de visitas, onde eu conto algumas inverdades em relação ao sistema de pacificação de algumas favelas do Rio de Janeiro. 109 cliques.

O terceiro texto com maior número de visitas é "Horacio Macedo: deixará saudades", onde disserto sobre três anos incríveis de minha vida no melhor colégio do Rio de Janeiro, tanto em termos de ensino como nos momentos que passamos e amizades que formamos. 107 cliques.

Esses são os textos mais vistos do Retrato Falado. Este blog que começou com o texto "Boas vindas ao Visionário": um texto pequeno, ingênuo, onde critiquei a companhia de energia elétrica Light e os moradores de minha localidade.

Depois desse texto, fui gostando, confesso que me empolgando também e manter este blog atualizado era uma obrigação, tanto para quem passou a acompanhá-lo quanto para manter minhas idéias fervilhando.

Os textos preferidos são "Janela", que é um texto conotativo, onde conto o terror do crack, temendo que ele se aproxime de mim, não diretamente, mas sim de forma indireta, "atacando" meus amigos; "Favela do Jacarezinho unida pela solidariedade", uma matéria jornalística onde retrato toda a mobilização dos moradores da favela em prol da ajuda aos afetados pela tragédia da Região Serrana. O terceiro é "Uma verdadeira mulher e um Natal dos sonhos", é um texto em homenagem ao Natal, onde descrevi o Natal de uma família que tem em seu comando uma mulher guerreira, que em vez daquele estereótipo "pai de família", ela assumiu a família e é ela que comanda sozinha seus filhos e netos, a "mãe de família".

Foram 53 textos, sem contar com esse "comemorativo", mas vou destacar apenas esses três, entretanto, possuo uns cinco textos preferidos. Foi uma média de 4 textos por mês desde sua criação, um por semana. Os meses de Janeiro e Fevereiro deste ano foram os meses com mais postagens, sete cada um. Sem contar o mês de julho do ano passado, blog criado no final do mês, o mês com menos postagens foi maio deste ano, com 2.

E dessa maneira vou levando o Retrato Falado. Desejo levar por muito tempo e espero voltar em julho do ano que vem contando alguns números desse segundo ano de blogueiro que está por vir.

Agradeço a todos que acompanham este blog. Vamos juntos para o segundo ano. Parabéns ao Retrato Falado.

Beijos e abraços. Até o próximo texto.

9 de julho de 2011

Bueiros e o descaso da Light

Na rotina de cada dia, pessoas vão caminhando pelas ruas da cidade carioca. Cada uma com o seu objetivo, com o seu destino.

Não bastasse ficar preocupado apenas com o perigo da violência do Rio, agora tem que tomar cuidados por onde caminha.

Se neste caminho tiver um bueiro, dê a volta e passe longe. E se este bueiro estiver saindo fumaça,  dê a volta por outro quarteirão. Não arrisque. Os bueiros são os nossos vulcões, explosão por baixo do solo vem aterrorizando o Rio de Janeiro.

Em São Paulo a moda é outro tipo de explosão: a caixas eletrônicos. E no Rio de Janeiro para não sair perdendo, a Light resolveu nos dar este presente de grego. Todos os meses, contas inchadas são pagas à concessionária de energia elétrica para ela não saber o que está causando este problema. 

capa do Jornal Meia Hora do dia 6 de julho chega a ser cômica. Ainda vem acompanhada da seguinte maneira: "Bala perdida é coisa do passado. A onda agora é fugir dos bueiros perdidos..." - referindo-se à explosões de mais dois bueiros no dia anterior na Rua Sete de Setembro no Centro do Rio.



"Bueiros perdidos".
É um campo minado, literalmente. Estamos num jogo e se tivermos azar iremos para os ares. Os bueiros estão perdidos. Quem vai achá-los? Quem vai nos socorrer? Não temos o Chapolin Colorado, mas temos os próprios técnicos da Light, oras, nossa esperança.

Porém, até os técnicos da Light não querem entrar nos bueiros, isso dá pra ver o tamanho da gravidade, eles não querem arriscar a vida e no meio de um "possível conserto" virarem pedacinhos dentro do sistema de esgoto da cidade.

Para o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia (Sintergia), o problema seria o abandono, a falta de investimentos de uns ano para cá e a terceirização do serviço de manutenção da rede subterrânea, onde de forma terceirizada os salários são mais baixos e comprometem a qualidade do serviço.

Pode não haver investimentos, mas reajustes na conta de luz da Light continuam. O último foi no final do ano passado. Se há aumento é porque a empresa está tendo custos demais, sejam eles com distribuição, manutenção, energia comprada de geradoras, enfim, e tendo custos demais para nos manter no conforto, segurança e perfeição de serviços prestados, nada mais justo do que realmente haver um reajuste da Light.

Entretanto, esse conforto, essa perfeição de serviços prestados são apenas nos nossos sonhos. De acordo a Sintergia, houve abandono nos últimos anos, sem investimentos e terceirização do serviço (fica ainda mais em conta), então para que aumentar a conta de luz do consumidor? Coisas como essas que não dá para entender.

Pagamos fortunas e mais fortunas para ter isso, abandono e correr perigo de ser atingido de uma hora para outra por um "objeto não identificado" e depois ver que é mais um bueiro. Espero que isso não se torne comum na cidade do Rio de Janeiro e que as pessoas não se acostumem.  Queremos serviços de qualidade, pagamos para isso.

Uma dica para Light, que no meu primeiro texto nesse blog em julho do ano passado, já havia sido criticada por mim: se não der de todas as maneiras resolverem este problema, baixem o valor das contas de luz e mais uma vez terceirizem o serviço, só que agora, contratem as Tartarugas Ninjas