17 de setembro de 2011

Estado


O que seria Estado? Em pleno século 21 não se chegou a um consenso sobre essa definição. O que pode haver em torno do conceito de Estado, é apenas uma idealização do que seria, uma forma bem subjetiva.

Por mais que a idealização do conceito de Estado seja uma entidade composta por diversas instituições, de caráter político, que comanda um tipo complexo de organização social, é esse termo político que ramifica para diversas maneiras de pensar, esse conceito de Estado. Cada indivíduo interpretará e defenderá de acordo com seu pensamento político.

Os absolutistas vão interpretar e defender que, além dessa idealização, o Estado é o único, numa sociedade, que pode usar da violência legalmente para controlar os impulsos naturais de cada um; os democratas dirão que é o povo quem decide o Estado, como ele deve ser, surgindo de um compromisso do próprio Estado "escolhido" e do próprio povo, com o Estado governando de forma igual para todos sem favorecimento a um indivíduo, a uma classe, específicos; aqueles contrários ao Estado criticarão a formação do mesmo para governar. Argumentarão que para existir Estado, precisa-se da produção excedente de alimento que garanta a subsistência de grupos sociais desligados da agricultura, como os burocratas, governantes e soldados, ou seja, uma situação para eles que levaria à estratificação social e, logo, à desigualdade social.

O que pode existir é uma reciclagem do pensamento acerca do conceito de Estado. Mudanças constantes.
Ou seja, de forma geral, o conceito de Estado está intimamente ligado ao ser pensante e suas perspectivas, aos seus interesses, existindo apenas a tal idealização.

9 de agosto de 2011

Crises do mundo adulto

Cotidiano. Quantos cotidianos existiram ao longo da história? Qual cotidiano combina com você? E qual cotidiano você gostaria de ter?

De forma indubitável, cada um de nós queremos um cotidiano, uma rotina, um dia-a-dia, tranquilos, sem preocupações.

Queria eu poder acordar ao meio-dia, queria eu poder fazer coisas de um moleque de 18 anos, a hora que eu quisesse, sem algo que poderia me prender e me encher de responsabilidades. Não estou dizendo que eu desejo ser um vagabundo, só queria um pouco mais do tempo que eu tinha de volta.

Infelizmente, por mais que hoje seja em menor grau, mas ainda existe, a maioria dos jovens, muitas das vezes crianças, não podem se dar ao luxo de não trabalhar.

Talvez seja apenas uma crise de choque, este por estar entrando no mundo adulto, o qual não te perdoa se você fizer corpo mole. Ele te esmaga, pense em parar para você ver. O mundo é cruel. Ele te deixa para trás.

Queria eu continuar criança para o resto da vida. Queria eu ter tempo para ela. Queria eu poder assistir ao "Globo Esporte". Queria eu assistir "Caverna do Dragão".

A vida do jovem brasileiro hoje é trabalhar e estudar, seja estudando no ensino médio, fundamental ou fazendo faculdade. Estes "senhores", que trabalham e estudam, e, ainda assim, conseguem o que almejam, deveriam ganhar uma estátua em suas cidades. Não é fácil conseguir.

De qualquer maneira, não é fácil para ninguém. A não ser para os privilegiados que já nascem com milhões, bilhões no bolso. Vide filho de Eike Batista. Batalhar, conseguir, fazer por onde para ter milhões, bilhões no bolso, poucos conseguem, admiro até, e sortudo são os filhos desses poucos que conseguem. Porém, conseguir da maneira mais denotativa possível, ou seja, da maneira clara, da maneira correta.

Não sou o primeiro que trabalha e estuda ao mesmo tempo. E nem serei o último. Entretanto, se muitos conseguiram, por que logo nós, que estamos batalhando agora, não iremos conseguir?

Vamos mostrar ao mundo quem somos. Vamos seguir em frente, de cabeça em pé, titubeando às vezes, mas sem deixar a peteca cair. Somos o futuro dessa nação e para os nacionalistas, tem até um incentivo, não decepcione sua nação agora, ela precisará de você. Aos não-nacionalistas, basta o orgulho de se tornar um vencedor.

Agora é a nossa vez e ninguém passará a minha frente...

30 de julho de 2011

Um ano de blog.

Julho: mês de aniversário deste blog. Depois de 12 meses, vejo como este blog se tornou uma válvula de escape de minhas idéias. Idéias que a cada postagem pronta era um alívio. Alívio de manter atualizado um projeto que resolvi tocar.

Confesso que fiquei satisfeito com as proporções que este blog teve nesse seu primeiro ano. Alguns textos realmente me emocionaram, alguns são preferidos, porém, a emoção de cada texto novo criado é a mesma emoção que um pai tem para com seus filhos nascidos.

Até o momento em que redijo este texto de aniversário, foram 5.502 visitas. O mês que mais teve visitas foi o mês de abril deste ano com 621 visitas, batendo por uma o mês de outubro do ano passado, que teve 620 visitas.

O texto Uma de minhas Paixões tem quase metade das visitas registrando um total de 2.214 cliques. Nesse texto, por coincidência ou não, eu falo da RICA história do maior clube desse país: Vasco da Gama.

O texto "UPPs: uma mentira" é o segundo em maior número de visitas, onde eu conto algumas inverdades em relação ao sistema de pacificação de algumas favelas do Rio de Janeiro. 109 cliques.

O terceiro texto com maior número de visitas é "Horacio Macedo: deixará saudades", onde disserto sobre três anos incríveis de minha vida no melhor colégio do Rio de Janeiro, tanto em termos de ensino como nos momentos que passamos e amizades que formamos. 107 cliques.

Esses são os textos mais vistos do Retrato Falado. Este blog que começou com o texto "Boas vindas ao Visionário": um texto pequeno, ingênuo, onde critiquei a companhia de energia elétrica Light e os moradores de minha localidade.

Depois desse texto, fui gostando, confesso que me empolgando também e manter este blog atualizado era uma obrigação, tanto para quem passou a acompanhá-lo quanto para manter minhas idéias fervilhando.

Os textos preferidos são "Janela", que é um texto conotativo, onde conto o terror do crack, temendo que ele se aproxime de mim, não diretamente, mas sim de forma indireta, "atacando" meus amigos; "Favela do Jacarezinho unida pela solidariedade", uma matéria jornalística onde retrato toda a mobilização dos moradores da favela em prol da ajuda aos afetados pela tragédia da Região Serrana. O terceiro é "Uma verdadeira mulher e um Natal dos sonhos", é um texto em homenagem ao Natal, onde descrevi o Natal de uma família que tem em seu comando uma mulher guerreira, que em vez daquele estereótipo "pai de família", ela assumiu a família e é ela que comanda sozinha seus filhos e netos, a "mãe de família".

Foram 53 textos, sem contar com esse "comemorativo", mas vou destacar apenas esses três, entretanto, possuo uns cinco textos preferidos. Foi uma média de 4 textos por mês desde sua criação, um por semana. Os meses de Janeiro e Fevereiro deste ano foram os meses com mais postagens, sete cada um. Sem contar o mês de julho do ano passado, blog criado no final do mês, o mês com menos postagens foi maio deste ano, com 2.

E dessa maneira vou levando o Retrato Falado. Desejo levar por muito tempo e espero voltar em julho do ano que vem contando alguns números desse segundo ano de blogueiro que está por vir.

Agradeço a todos que acompanham este blog. Vamos juntos para o segundo ano. Parabéns ao Retrato Falado.

Beijos e abraços. Até o próximo texto.

9 de julho de 2011

Bueiros e o descaso da Light

Na rotina de cada dia, pessoas vão caminhando pelas ruas da cidade carioca. Cada uma com o seu objetivo, com o seu destino.

Não bastasse ficar preocupado apenas com o perigo da violência do Rio, agora tem que tomar cuidados por onde caminha.

Se neste caminho tiver um bueiro, dê a volta e passe longe. E se este bueiro estiver saindo fumaça,  dê a volta por outro quarteirão. Não arrisque. Os bueiros são os nossos vulcões, explosão por baixo do solo vem aterrorizando o Rio de Janeiro.

Em São Paulo a moda é outro tipo de explosão: a caixas eletrônicos. E no Rio de Janeiro para não sair perdendo, a Light resolveu nos dar este presente de grego. Todos os meses, contas inchadas são pagas à concessionária de energia elétrica para ela não saber o que está causando este problema. 

capa do Jornal Meia Hora do dia 6 de julho chega a ser cômica. Ainda vem acompanhada da seguinte maneira: "Bala perdida é coisa do passado. A onda agora é fugir dos bueiros perdidos..." - referindo-se à explosões de mais dois bueiros no dia anterior na Rua Sete de Setembro no Centro do Rio.



"Bueiros perdidos".
É um campo minado, literalmente. Estamos num jogo e se tivermos azar iremos para os ares. Os bueiros estão perdidos. Quem vai achá-los? Quem vai nos socorrer? Não temos o Chapolin Colorado, mas temos os próprios técnicos da Light, oras, nossa esperança.

Porém, até os técnicos da Light não querem entrar nos bueiros, isso dá pra ver o tamanho da gravidade, eles não querem arriscar a vida e no meio de um "possível conserto" virarem pedacinhos dentro do sistema de esgoto da cidade.

Para o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia (Sintergia), o problema seria o abandono, a falta de investimentos de uns ano para cá e a terceirização do serviço de manutenção da rede subterrânea, onde de forma terceirizada os salários são mais baixos e comprometem a qualidade do serviço.

Pode não haver investimentos, mas reajustes na conta de luz da Light continuam. O último foi no final do ano passado. Se há aumento é porque a empresa está tendo custos demais, sejam eles com distribuição, manutenção, energia comprada de geradoras, enfim, e tendo custos demais para nos manter no conforto, segurança e perfeição de serviços prestados, nada mais justo do que realmente haver um reajuste da Light.

Entretanto, esse conforto, essa perfeição de serviços prestados são apenas nos nossos sonhos. De acordo a Sintergia, houve abandono nos últimos anos, sem investimentos e terceirização do serviço (fica ainda mais em conta), então para que aumentar a conta de luz do consumidor? Coisas como essas que não dá para entender.

Pagamos fortunas e mais fortunas para ter isso, abandono e correr perigo de ser atingido de uma hora para outra por um "objeto não identificado" e depois ver que é mais um bueiro. Espero que isso não se torne comum na cidade do Rio de Janeiro e que as pessoas não se acostumem.  Queremos serviços de qualidade, pagamos para isso.

Uma dica para Light, que no meu primeiro texto nesse blog em julho do ano passado, já havia sido criticada por mim: se não der de todas as maneiras resolverem este problema, baixem o valor das contas de luz e mais uma vez terceirizem o serviço, só que agora, contratem as Tartarugas Ninjas

26 de junho de 2011

Mais um fim de noite.

Fim de mais um dia. Todos se preparam para dormir. Cada um está em seu quarto. A madrugada se aproxima.

Eu também vou me deitar. Como em todos as noites assim que chego à cama, o hábito daqueles trinta minutos de leitura. Estou chegando ao fim de mais um livro de George Orwell.

Passa a meia hora. Guardo o livro na terceira gaveta da cômoda. Apago a luz do abajur. Ajeito-me para dormir. Cubro-me com o edredom que ganhei de minha avó.

O sono, meu companheiro de todas as noites, não vem. Pergunto-me: cadê ele? Não obtenho a resposta. Mexo e me remexo. Continuo sem conseguir dormir.

Penso em ir à cozinha beber água, mas desisto. Alguns minutos se passam até que decido ir à cozinha. Desço os quinze degraus da escada. Sem sono, nem preciso me apoiar no corrimão de alumínio. Passo pelo banheiro, pensei em entrar, porém, desisti. Não sabia o que faria ali. Chego à cozinha, abro a geladeira, avisto o pudim de leite da minha irmã, entretanto, fico mesmo é com água.

Depois de tomar um copo e meio, é hora de volta para a minha cama. Repasso pelo quarto de minha mãe, dorme como uma rainha. Repasso pelo quarto da minha irmã, dorme como uma princesa.

Adentro o meu quarto, reacendo a luz do abajur. Leio mais algumas páginas do livro. Até que sinto que o sono pode ter chegado, guardo o livro da terceira gaveta da cômoda, apago o abajur rapidamente e deito-me coberto pelo edredom que ganhei de minha avó. Em contrapartida, tudo isso foi em vão, o sono está atrasado, ainda.

Matuto as idéias. Penso se isso tem algo a ver com coisas que possam estar acontecendo, não chego a uma conclusão. Ao fim de tudo, tem nada a ver com esta falta de sono.

Olhando para janela de cortinas brancas, vejo e ouço a árvore balançar. A noite nunca esteve tão calma, bastante propícia para uma boa noite de sono. Minutos se arrastam, vejo o brilho do notebook. Pergunto-me: vou ou não vou para a internet? O que fazer lá numa hora dessas da noite?

Decido-me levantar, abro o notebook. Com um mundo vasto em minhas mãos, não sei aonde que vou na página do google.

Até que depois de alguns minutos, começo a dissertar este texto para vocês. Afinal, quem nunca teve insônia em alguma noite dessas?

Uma boa noite a todos. Fui dormir.

16 de junho de 2011

Existem mulheres de todas as cores... presidentes e ministras.

Uma chegou e tratou de levar junto consigo as outras mulheres. Uma mulher atrás da outra em cargos políticos importantes.

Primeiramente, chegou a Dilma com o apoio do ex-presidente Lula. Antes de assumir, ela era ministra-chefe da Casa Civil, cargo ultra-importante, e para concorrer para o maior posto executivo do país, cedeu espaço para Erenice Guerra. Se esta não tivesse feito falcatrua antes da hora, talvez ainda estivesse ocupando este cargo até hoje.

Dilma elegeu-se presidente, decepcionou-se com homens, Palocci, foi seu primeiro ministro da Casa Civil e, Luiz Sérgio (PT-RJ), seu primeiro ministro das Relações Institucionais. Os dois vacilaram, Palocci principalmente. Foi o principal responsável da primeira crise do recém-nascido governo Dilma.

Decepcionada com os homens, Dilma nomeou logo, de surpresa, duas mulheres que não eram cotadas nem de longe para assumir os cargos vagos. Palocci foi substituído pela senadora Gleise Hoffman (PT-PR) e nas Relações Institucionais, Dilma fez uma dança das cadeiras: Luiz Sérgio foi para o Ministério da Pesca e Ideli Salvatti saiu do da Pesca para o Ministério das Relações Institucionais.

Brasília, no alto escalão, parece estar nos eixos agora. Situando-se para reiniciar o governo Dilma. Comentaristas políticos dizem que Dilma escolheu mulheres com o mesmo perfil dela, fechada ao diálogo, não gostam de ouvir muito. Entretanto, duvido que o PMDB, principalmente, contente-se em ficar com a boca fechada. Fechar-se ao diálogo, penso que não seria uma boa idéia para a Dilma. Tem que ouvir todas as partes, caso contrário, não irá colocar em prática suas ações. Os caras são maioria, seria um suicídio não ouvi-los.

Se vai ser aberta ao diálogo com suas mais novas ministras daqui para frente, não há como saber, mas assunto como "que esmalte você usou ontem?", com certeza não existirá entre elas...

Gleise, Ideli e Dilma. Foto: O Globo.

10 de junho de 2011

Corações vacinados: O Campeão Voltou

Ela é nossa!
Um dia após a conquista da Copa do Brasil, eu venho, enfim, falar sobre a épica conquista do Gigante da Colina.

Nossos corações, dos vascaínos que sentem mesmo, foram vacinados, voltou a bater da maneira correta e agora está funcionando como nunca. Depois de tanto tempo na obscuridade, nosso Vasco voltou de maneira brilhante, reluzente, lustrosa. Nosso revérbero novamente cobre o território nacional inteiro.

O que dizer da final? Nosso medo de fracassarmos mais uma vez. Mas o verdadeiro vascaíno sabia que essa era a nossa vez, era a nossa chance. Como valorizou o nosso título esse time do Coritiba, que durante a campanha da Copa do Brasil, deu de 6 no Palmeiras, mas penou para passar do Ceará (que eliminou o Flamengo).

Sofremos, tivemos calafrios, arrepiamo-nos, gritamos, xingamos, vivemos intensamente esse momento. Tudo isso com um único objetivo: voltar às glórias do futebol nacional e, de maneira inédita nos últimos 11 anos, desentalamos esse grito de campeão, respiramos e, definitivamente, a Copa do Brasil de 2011 é nossa.

Essa torcida, que mesmo nos momentos mais difíceis, jamais abandonou este clube. Como foi linda a nossa invasão no Couto Pereira, cerca de 4 mil torcedores faziam a festa no Alto da Glória, onde era apenas o início das comemorações.

Eu me orgulho de ter passado por tudo que passei nos últimos anos: vices e mais vices, vivendo na normalidade do futebol brasileiro, muitas vezes contestado como grande e Milton Neves teve que engolir o retorno do Vasco da Gama, como falou asneira esse cara que se diz jornalista. Edmundo foi espetacular quando teve a oportunidade de dizer a ele umas poucas e boas palavras:

"Você falou muita besteira, pois o Vasco nunca deixou de brilhar. Você tem de ter respeito. Ninguém pode voltar a ser aquilo que nunca deixou de ser.”, disse Edmundo.

Agora, o que disse o comentarista Lédio Carmona do Sportv, outro vascaíno ilustre:

"A final da Copa do Brasil só merecia vencedores. A honra ficou com o Vasco, campeão, renascido e de volta à Taça Libertadores após 11 anos. Chorem mesmo, vascaínos. Joguem as dores para bem longe. O acerto de contas com os fantamas do passado está mais do que sacramentado.", disse o comentarista.


Nós que aguentamos essa época negra, mostramos ser verdadeiros vascaínos, foi a nossa vez. Não chorei no rebaixamento e quase chorei ano passado naquele período tenebroso antes da Copa do Mundo, em que o Vasco ia muito mal e chegou a perder para o fraco Guarani dentro de São Januário, àquela altura, passou-me todo o filme do rebaixamento, temi que pudesse acontecer novamente, mas não, recuperamo-nos e conseguimos nos manter na elite e começar um trabalho para 2011. Voltamos a disputar uma final no estadual e chegamos com muitas dificuldades e de forma espetacular ao título da Copa do Brasil.


Como chorei assim que começou a vinheta do nosso hino ao final do jogo, não era apenas um campeonato estadual, e sim um campeonato em que grandes equipes do futebol brasileiro disputaram: São Paulo, Flamengo, Palmeiras, Ceará, Avaí e o grande Coritiba.


A imensa torcida bem feliz merece comemorar esta conquista, porém, ninguém mais que a minha geração merece essa conquista. Eu, com 18 anos apenas, lembro da semifinal contra o River Plate em 1998 pela Libertadores, mas não lembro da final. Em 2000, lembro de tudo, lembro de minhas lágrimas na final da Mercosul, lembro da polêmica conquista da João Havelange. Eu lembro pouco, mas grande parte não tem isso na memória, os mais novos então.


O que os mais novos tinham para escolher o Vasco como time? Não ganhava títulos, mostrava-se apenas como mais um clube brasileiro. Mas o amor está fadado, quando é para ser é. Mantemo-nos firmes e hoje estamos no auge de nossa redenção.


A festa em São Januário foi linda. Milhares de torcedores, mesmo com chuva, fizeram parte da comemoração juntos dos jogadores e da diretoria. Lamento por não poder participar, mas com certeza estarei lá no sábado, pelo campeonato brasileiro, na apresentação do nosso Reizinho à torcida e a entrega de faixas aos jogadores, que será comandada por ele e pelo nosso presidente, Roberto Dinamite.


Tenho que destacar o final da partida com dois jogadores, Felipe e Diego Souza no banco de reservas, extremamente experientes, sucumbirem à emoção, à temeridade e mostrarem que se não for sofrido, não é Vasco. Esconderam-se, mas no fim de tudo deu certo e, Felipe voltou para ser campeão, revivendo o fim da gloriosa década de 90.




Dos jogadores em pé: Fernando Prass (capitão), Élton, E. Costa, Rômulo, Dedé, Jumar, Felipe e Alessandro.
Agachados: M. Careca, A. Martins, Bernardo, F. Bastos, Fágner, Diego Souza, Alecsandro, Ramon, Alan e Éder Luiz.
Esses são nossos heróis. Lutaram por nós e nos deram esse título tão esperado. Não vou destacar um ou outro jogador, pois Vasco não é isso. Cada um teve a sua importância. Cada um contribuiu da sua forma para a conquista desse título.


E vamos para Libertadores 2012, somos o primeiro representante brasileiro confirmado na competição. Isso é Vasco, estamos voltando ao nosso verdadeiro lugar. E para aqueles que insistem em achar defeito na nossa conquista: contentem-se, somos campeões da Copa do Brasil 2011.

Comemorem da maneira que puder, cruz-maltino. Um grande beijo e um abraço aos vascaínos, esse é o nosso momento.

Vasco não se explica, se sente. Eternamente Vasco da Gama.

Artigo excluído do blog de futebol em que contribuo falando sobre o VascoPlantão do Futebol.

13 de maio de 2011

Internet

Símbolo máximo da modernidade. O apogeu da tecnologia. Cada vez menos pessoas deixam de não ter acesso à ela.

É impressionante o que ela nos proporciona. O que, antes, fazíamos perdendo horas, hoje, fazemos em minutos, desde uma simples transferência bancária até uma compra numa loja virtual.

Ligado a isso, vem a chata história do sedentarismo. Os chatos de plantão, dizem que resolvendo compromissos pela internet, deixamos de perder umas calorias. Bom, se eu vou, por exemplo, a uma padaria, vou para comprar pão, e não para perder calorias. Se eu quiser me manter em forma, eu que vá procurar uma academia, praticar uma caminhada, correr pelas ruas etc.

A Internet ainda tem a sua face mais brilhante. Promoveu uma revolução há pouco tempo, contribuiu para Revoluções, vide o ex-Egito de Hosni Mubarak. Coisas do século xxi. Quem diria que um ditador iria sucumbir diante da Internet? Tempos passam e o mundo muda.

Porém, a Internet também tem seu lado perigoso, como em todo lugar que se imagine. Além de nos deixar dependentes dela, há situações que só podem ser resolvidas por ela. E quem não usa internet, por algum motivo, tem que se desdobrar. Isso é cruel. E ainda na internet, existem aqueles malucos que ficam atrás de crianças e adolescentes conectados à rede.

Apesar disso, ela nos trás mais benefícios do que déficits. Empresas dependem dela, quase que integralmente. Sem ela, administrações param. Há pouco o que fazer sem a mãe da globalização. A tendência é ficarmos ainda mais próximos. Brasileiros mais pertos do Japão, australianos dos argentinos etc. Não dá mais para viver sem ela, tornou-se familiar.Gerações nascem nela.
Um mundo dentro dessa caixinha.

Fico me perguntando. Será que a Internet terá um fim? Será que vão inventar algo melhor e muito mais espetacular ? Não há respostas. Sei que a Internet que vem inventando muitas coisas. É algo que parece sem fim.

Ela é, literalmente, um mundo paralelo. É um novo planeta com vida. Quem entra nela, jamais sairá dele.

E eu, espero permanecer com a minha conexão para o resto da minha vida, aonde quer que eu vá!

1 de maio de 2011

Dia do trabalho

Todos os dias tenho que estar lá. Não posso me dar ao luxo de não fazer parte deste sistema.

Acordar cedo, tenho que buscar meu sustento. Vamos todos os dias, podemos estar cansados, mas vamos, de qualquer maneira.

Um dia após o outro e a vida vai passando. Logo de manhã, aquele ônibus, metrô lotados. Você que vai trabalhar de carro, não sabe a mordomia que tens. Ônibus, metrô, Kombi, trem: são estes que a massa utiliza. Aos trancos e barrancos vamos caminhando.

Muitos dos transportes em péssimas condições, passagem aumentando cada vez mais. Muitas coisas contrárias ao trabalhador. Entretanto, o trabalhador resiste. Afinal, não se pode dar o luxo de ficar em casa numa civilização capitalista.

O povo trabalhador é guerreiro, admirável. Faça chuva ou faça sol, enfrenta cada tipo de situação. Seja no comércio, no escritório, numa obra, na limpeza, num consultório, dentro de uma sala de aula: de apenas um salário mínimo ao mais alto salário, o trabalhador vai atrás, e como a maioria dos trabalhadores desse Brasil, luta pela sua merreca durante o mês.


Colaboração: Léo Lima.
Bendito Getúlio Vargas e suas leis trabalhistas (CLT) que continuou e “reforçou” em 1943 essas leis que foram em 1917, 1918, 1919, conquistadas com greves na República Velha.
Condições humanas de trabalho para a população, tudo bem que na época poucos trabalhadores tiravam proveito destas leis e que foram criadas para manter a submissão do povo. Porém, foi importante para o desenvolvimento das mesmas durante umas décadas até os tempos de hoje. E o que se contesta hoje são os baixíssimos salários, com toda razão.

No entanto, estamos submetidos a isso, e cada vez mais pessoas fazem parte desta máquina. Vamos todos os dias com orgulho para o trabalho atrás de nossas migalhas, como a maioria busca.

Esse é o povo brasileiro, trabalhador, só que poderia contestar um pouco mais, talvez tivesse direito a mais coisas. Pouco reclamamos, corremos o risco de ser demitidos. Melhor ficar quieto. Portanto, permaneço no meu canto e continuo na mesma.

Voltando a glorificar o espírito trabalhador do brasileiro, dou as felicidades a esse povo tão trabalhador pelo dia Primeiro de Maio, #diadotrabalho. A massa merece por tudo que enfrenta.

E por que cair logo num domingo?

                          
Parabéns a você trabalhador!

28 de abril de 2011

Se pudesse voltar atrás

Era um grupo de cinco pessoas. Percebia-se que eram verdadeiros amigos. Andavam juntos para cima e para baixo.

Todos os cinco eram maiores de idade, viviam a mil, pouco queriam saber de responsabilidades, muita das vezes chegavam a desrespeitar pessoas na rua em dias de bebedeira.

Arrumavam brigas e mais brigas pelas ruas. Num sábado, à noite, em mais um dia folia, cometem algo que iria mudar suas vidas: espancaram por um motivo bobo (se é que tiveram motivo), uma jovem moça que estava com uma calça verde.

Quando perceberam que a moça estava inconsciente, saíram correndo de forma covarde, deixando a bonita jovem jogada no chão sem prestarem socorros. Ao contrário de muitos casos parecidos, o fato não chegou à  mídia.

Dias depois se reencontraram e no grupo não teve um comentário sobre o ocorrido, nenhuma comoção e muito menos um pensamento de arrependimento de que passaram dos limites. O grupo continuou a andar e andar: diversão e irresponsabilidades sobravam entre eles.

Passam-se uns meses, eis que chega a véspera de uma grande festa. Estão num bar, como de costume, e marcam de se encontrar na casa de um dos integrantes que tinha um belo carro para poderem ir juntos à festa do dia seguinte.

Passa o dia e o grupo está pronto para grande festa e se encontram no lugar marcado. Partem para festa com o belo veículo, música bem alta, no último volume. Chegam ao local da festa, está lotada. Esta festa promete - diz um deles. Bebem tudo que têm direito para se divertir, deleitam-se com cada copo de bebida virado. Entre idas e vindas de uma festa, ela chega ao fim.

Percebe-se que o grupo inteiro está inteiramente bêbado. Só que é hora de voltar para casa e hora de dirigir o carro. Agem mais uma vez sem nenhuma responsabilidade e entram no carro "normalmente".

No caminho de volta é uma bagunça, bêbados e desvalidos, vão correndo riscos em cada curva em alta velocidade. Até que chega a uma curva e o carro está fora de controle, aconteceu o que era previsto, um acidente grave.

O carro teve um dano bem considerável, todos estão no carro, quatro desacordados e apenas um consciente, porém, está com a perna presa. Ele, descontrolado, procura do carro por alguém que possa ajudar e vem vindo uma moça, aparentando 40 anos aproximadamente, socorrê-los.

Quando a moça se aproxima do rapaz acordado, os dois se reconhecem e o rapaz a implora que os salve. A moça consegue desprender a perna do moleque e consegue o tirar do carro com uma imensa ferida na perna. Os dois juntos chamam os bombeiros.

Um do grupo foi acordado pelos bombeiros, os outros três foram desacordados para o hospital. Todos foram para o hospital receber atendimento. A moça seguiu para o hospital, prestando solidariamente assistência aos indecentes.

O rapaz que ficou acordado no acidente relembrou da moça que prestou socorros, entretanto, não conseguia recordar de onde a conhecia. Chegou a uma conclusão e ficou completamente impressionado, a mesma moça que salvou sua vida e a de seus amigos era a mesma que eles haviam espancado meses atrás. Percebeu  que ela tinha uma aparência muito mais velha em relação à anterior devido à fraturas no rosto causadas pelo espancamento.

O grupo inteiro ficou bem e todos souberam da moça que ajudou-os.

Uma angústia enorme tomou conta de todos...

15 de abril de 2011

Espere por mim!

É Carnaval. Ôh, época boa! Boa para se destrair, se divertir, pelo menos, no meu ponto de vista.

Nunca deixei de me divertir no carnaval, é uma época fantástica. Mas desse carnaval eu não quero saber. Um desânimo sem fim.

Eu sei a explicação para esse desânimo, em contrapartida, tento fazer-me acreditar que não consigo achar justificativas.Tento esquecer, tento com todas as forças voltar como era, mas qualquer situação me faz relembrar.

Muitos dizem que é pelo fato do acontecimento que eu tenho de cair na folia para eu me esquecer integralmente. Porém, esses mesmos "muitos" também nunca, bem provavelmente, passaram pela situação que enfrentei. Uns entendem, outros não. E fico me perguntando: será que eles não pensam como se estivessem em meu lugar? Será que nunca sentiram o medo, de passar a ter esse vazio da noite para o dia?

Agora é só eu e mais eu. O que representa muito pouco. Já que não a tenho mais para me completar. Perdi-a. Como fui deixar isso acontecer? Não a tenho mais do meu lado. O meu medo veio à tona e agora é realidade. Pensava eu: o que será de mim se ela não estiver mais aqui? Na mesma hora desviava os pensamentos.

Carnaval? O que é deixar de ter uma folia perto do vazio que ela me deixou? Estou determinado a não querer mais isso para mim. Carnaval para mim agora será sinônimo de descanso. Estarei limitado a olhar a fotografia de minha mãe. Minha base foi tirada de mim e agora me vejo igual ao World Trade Center. Foi feito contra mim um atentado, dos mais graves e violentos da história.

Foi-se antes do tempo. Não me deixou realizar meus sonhos, estes, a maioria, era em relação a Senhora.  A partir daqui, não me imagino sem meu amor maior. Onde estiver, olhe por mim, minha Mãe. Um dia, encontrarei-te novamente. Não darei uma de escapista. Deixarei as coisas acontecerem naturalmente até que nos encontremos.

Mãe, espere por mim!

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Texto meramente fictício, pois minha mãe está mais viva como nunca.

E sou orgulho da mamãe!
               Ela é um exemplo de vida para qualquer um!!!

7 de abril de 2011

Comoção

O que os brasileiros viam apenas pela TV, noticiando o mesmo tipo de notícia lá de fora, aconteceu no Rio de Janeiro.

Não há o que falar. Um cidadão covarde, com acesso fácil a armas de fogo, comoveu o Brasil. Pessoas e mais pessoas chocadas.

Um domicílio público, a escola municipal ficará marcada para o resto da história, não digo na história do povo, digo em relação aos alunos do local, aos trabalhadores em geral que ali trabalham, à própria escola. É triste as imagens das crianças correndo pedindo ajuda. Chega a ser mais triste ainda a entrevista de uma senhora que mora em frente ao colégio, que teve sua casa invadida por 20 crianças desesperadas aproximadamente.

As crianças entraram na casa dela pedindo ajuda, algumas baleadas e sangrando, dizendo que tinha um homem atirando dentro da escola. A mulher não sabia o que fazer, se ajudava ali ou se ia atrás de notícias da própria filha, que também estuda na escola e estava lá no momento.

Em relação ao covarde do autor, não dá para dizer que ele é um maluco, um psicopata etc., só dá para afirmar, por enquanto, que ele é mais um assassino dessa sociedade mórbida. O que diriam os grandes pensadores da sociologia, da psicanálise? Conflitos e mais conflitos, impulsos e mais impulsos. É comovente.

As crianças hoje, infelizmente, foram as que pagaram por uma burrice cometida pelo povo brasileiro em 2005. Não que o "não" do brasileiro ao desarmamento há quase seis anos seja o principal causador dessa tragédia, mas precisamos colocar essa questão novamente na mesa de debate para que seja feito um novo plebiscito. Eu ainda não votava, foi um voto a menos para o desarmamento.

Até a presidente Dilma chocou-se com o ocorrido, sendo oportunista. Chegou a chorar, declarando que poderá ir ao enterro das crianças. Aí o ex-presidente Lula verá os índices de aprovação dela superarem os seus de início do governo.

Espero que nossa presidente não esteja agindo com um pingo de demagogia. E esteja, assim como toda a população, realmente comovida com o que ocorreu.

Por fim, deixo aí minha solidariedade para com as crianças e as famílias delas. E que as famílias tenham força para se reerguer.

Espero que tenhamos aprendido com o ocorrido. Plebiscito já!

5 de abril de 2011

A retórica do hipócrita - por Douglas Nascimento.

Farei uma homenagem ao Douglas Nascimento com o intuito de deixar eternizado o Complexo Alpha que teve seu fim anunciado. Já tinha esse texto pronto aqui para uma colaboração entre os blogs que não foi para frente, então o aproveitarei em forma de homenagem, até porque acho esse texto uma maravilha. A homenagem será feita através desse texto do Complexo Alpha que importo para cá. Vamos a ele.
                               
                              "A retórica do hipócrita

O discurso é muito bonito e é sempre a mesma coisa, chega a ser uma injeção com fortíssimas doses de esperança ouvir tantas palavras progressistas, seja da boca de quem for. Até mesmo da minha - não sejamos hipócritas já no início do texto, a deixemos para o final.
E o tal discurso então questionado, acaba se tornando retórica. Mas na primeira oportunidade que um determinado indivíduo tem, ele corrompe cretinamente seus princípios. E é realmente bonito ouvir tantas blasfêmias, muito bonito mesmo. Mas acontece que, empurrar conceitos com a barriga dessa forma não perdurará para sempre, e a paciência não será uma virtude eterna.
Comum ouvir tantos brasileiros reclamando de seus políticos, os cariocas aborrecidos com sua polícia, os negros pedindo o fim do preconceito e os asiáticos inconformados com seu pequeno membro. Daí que, esses mesmos injustiçados sedentos por legalidade, donos de belos textos anti-crime como este são também os primeiros a cometerem pequenos delitos. Quem reclama de tais, um dia ou outro acaba avançando um sinal e oferecendo o 'dinheiro do café' para o guarda; acaba um dia ou outro se revoltando com os altos preços da SKY e colocando uma cable-tv à gato em casa; acaba um dia ou outro comprando um filme pirata, não devolvendo o troco errado ao senhor da venda ou até mesmo colando na escola, o que seria por lei - acredite ou não - violação dos direitos à propriedade intelectual.
O que separa um crime banal como o exemplo de roubar o troco do senhor da venda de um desvio de verbas em Brasília é uma escala. A diferença é apenas de escala. Pois o crime, pequeno ou grande, continua sendo crime. Pois, nessa mesma linha de raciocínio, o que separa um cara que por 1 real engana o vendedor de salgados de outro que rouba 30.000 de cofres públicos? A resposta é a falta de oportunidade que um deles tem para roubar tanto dinheiro.
Exageros - também em escala - ou não, generalizando, somos todos uns vermes transvestidos em gente. Ora engomados num terno, ora desleixados numa roupa casual. Não importa o traje, a máscara nunca cairá mesmo. Esse é o mundo em que o fingimento de bondade de idéias e opiniões apreciáveis se tornou uma arte. E quando se é criado em meio a essa falsidade ideológica, é difícil ter esperanças a longo prazo. Elas talvez sejam preenchidas pelas injeções que citei no primeiro parágrafo, mas não passam de meras injeções mesmo, com seu efeito superficial e imediato.
E são por esses motivos que escrevi isso, para que pelo menos por enquanto, eu não tenha que assumir que hoje não paguei o salgado que comi no quiosque do Tadeu."

31 de março de 2011

Uma de minhas paixões 2

Santo dia que avistei-te
com seu estilo me surpreendi
jamais havia sentido aquilo antes
o teu revérbero tomou conta de mim.

Primeira vista,
aquele tipo de Paixão!
Decidi ali acompanhar-te
e nunca mais te abandonar.

Quando lhe vejo,
tudo parece parar,
até que termine o encontro,
às quartas ou quintas e sábados ou domingos.

No momento,
estamos em paz
nossa relação está a mil
e orgulho-me de sua ação na década de 20
sendo o pioneiro nesse Brasil

Meu Vasco, é de você mesmo que estou falando:
Nova 3ª camisa com mensagens anti-racistas:
"respeito e igualdade" e "democracia e inclusão".
és Uma de minhas paixões
clube sensacional.
A sua história é monumental,
não sou vascaíno por simplesmente ser,
identifiquei-me contigo
e é assim que deve ser
escolhemo-nos e,
na alegria e na tristeza
iremos até o fim.

Grito por ti,
torço por ti,
debato por ti
e zelo por ti...

Pelo Vasco vale tudo.
Tua cruz de malta brilhará intensamente,
e em mim eternamente,
sou grato por existir,

Para sempre, Vasco da Gama!

28 de março de 2011

Nasceu

Amanheceu o dia. A família, em casa, está apreensiva. As horas vão se arrastando. Nada de notícias.

O dia se vai. Já é noite e a família permanece a esperar apreensivamente. Eis que o telefone toca, todos se olham. Será notícias? A menina mais nova, a secretária da família, chega mais uma vez primeiro ao telefone e atende. Ela fica com aquele olhar de atenciosa. E todos olhando para ela com aquela fisionomia de curiosidade esperando qualquer reação da garota.

Passam-se alguns segundos, e ela bate o telefone decepcionada e diz: “Ah, é a Telemar cobrando o mês passado.” E todos em sincronia soltam a respiração. Também decepcionados. Voltam a comer a pizza.

Hora de dormir. A família vai se deitar. Cada um em sua cama, naquela expectativa.

Eis que chega o novo dia. É dia claro novamente. A expectativa continua. A família está à mesa para o almoço e conversam sobre a notícia que nunca chega.

Eis que chega o momento. Logo após o almoço, o telefone toca, mas é o sinal de fax. Todos em volta do mesmo, aguardando a saída da folha. A folha nunca saiu tão devagar. A menina mais nova, novamente foi mais rápida e pegou a folha.

A notícia mais aguardada é lida pela menina: o bebê nasceu. Finalmente. A alegria toma conta da família buscapé.

No dia seguinte é dia de visita. Vão todos conhecer a criança. O mais empolgado é o menino que aparenta ter 18 anos. A família se ajeita em casa para ir à maternidade.

A avó da criança, sempre a primeira a se aprontar, grita mais uma vez que estão atrasados. Tempo depois, a família sai de casa. Questão de tempo para verem pela primeira vez a criança.

Mal sobra espaço na van, e, enfim, chegam à maternidade. Identificam-se. Dirigem-se para o 4º andar na sala 416, onde estão a mãe e o bêbe. Chegam ao corredor cheio de salas com novas mães de todos os jeitos. Chegam ao 416 e, finalmente, a criança é apresentada à família buscapé. O menino, que aparenta ter 18 anos, quer pegar no colo, parecia ser o pai de tão bobo. Mas, na verdade, era o tio da criança.

A visita continua e os comentários sobre a criança vão se desenrolando, o tempo vai passando. O menino empolgado continua com a criança no colo, até que, para tristeza dele, tem que passar a vez.

Chega o fim da visita, funcionários já começam a despachar os familiares. Todos preparados para darem adeus. E o menino empolgado, na sala de visitas, está lavando as mãos para ter mais uma vez a menina em seu domínio. Até que falam para ele, reclamando: "ih, vai ficar ao lado dela amanhã o tempo inteiro, vamos.". Ele responde de primeira, oportunamente: "nunca deixe para amanhã o que pode ser feito hoje.".

Até que, realmente, chega o momento de ir embora. Despedem-se e saem do local de visitas. Na saída, os fumantes vivem momento de êxtase, já que é proibido fumar lá dentro.

O menino empolgado, apaixonado pela criança, registrou um dos momentos que estava com a criança no colo com a câmera de seu celular. Baba a todo momento que olha a Maria Eduarda.


Eu, particularmente, concordo com o menino empolgado. A Maria Eduarda é linda demais: 

Minha Duda!
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Indico o texto Gravidez. Até a próxima!

18 de março de 2011

A arte da fotografia - por Leonardo Lima

Sou um fã da fotografia e queria dar espaço aqui para poder divulgar essa arte. Não sou fotógrafo e não conheço os atalhos, não sei dos detalhes e muito menos da técnica. E por isso pedi ao Léo Lima, um fotógrafo profissional, o qual tem paixão pelo que faz, que fizesse um texto contando o que é a fotografia para ele. Não faltou paixão no discurso. Vamos a ele.

                                              "A arte da fotografia


A fotografia para mim é como se fosse uma espécie de exercício da busca de uma liberdade às vezes imaginária. É a única forma que vejo na qual consigo me satisfazer por completo. A mente e o corpo ficam em uma única sintonia, quase que comparada a um esplendoroso orgasmo sexual. É intenso, lindo, prazeroso, mágico e inspirador.

Mas o campo da fotografia é muito vasto, pode-se fazer muita coisa com essa arte mágica. Um exemplo que sempre dou mesmo que às vezes do mais tosco possível é o seguinte: Comparo a fotografia como a faca. Ela pode passar a manteiga no pão, salvar a vida de alguém ou até mesmo matá-la.
A fotografia não é VERDADE consumada, mas sim um recorte de diversas verdades, tanto para o bom quanto para o mal. Há de se ter muito cuidado com esse instrumento nas mãos.
Já as dificuldades no mercado de trabalho muitas vezes podem parecer uma gangorra. Um mês você pode estar pegando um trampo de possíveis três mil reais, mas passar outros 3 meses sem nenhum trabalho... Sem contar o preconceito que ainda existe quanto aos fotógrafos-jornalistas nas favelas, muitos ainda pensam ser mais um Tim Lopes aventureiro que irá fotografar ''coisas que não podem ser mostradas", o preconceito existe mas vem mudando gradativamente.
Desde 2009 faço fotografia, e conheci essa arte mágica junto ao Programa Imagens do Povo que fica no Observatório de favelas na Nova Holanda. Fato esse que mudou minha vida em todos os aspectos e me ensinou a respeitar os seres humanos acima de tudo, uma fotografia respeitosa, generosa e com consciência.
A função da fotografia popular na parte social é como se fosse assim: Para que fazer? Para nada, mas ao mesmo tempo serve para tudo. Ela, lentamente, transforma as pessoas para vida e o mercado de trabalho vira uma conseqüência que para maioria dos fotógrafos populares passa a ser uma das coisas menos relevantes.
Eu, como morador da favela do Jacarezinho desde quando nasci, Tenho o maior orgulho de ser um morador de favela e independente do que as grandes mídias cansam de dizer sobre ela. Nunca tive problemas em fazer fotografia e ser da favela, muito pelo contrário, isso só me ajuda em outras documentações, o dialogo é diferente, as pessoas o reconhecem! Acho que é isso... a fotografia é a escrita de luz. Quero para sempre escrever com luz e poder levar essa arte para os que ainda não conhecem.

Fotografia é colocar na mesma mira de tiro, a cabeça, o olho e o coração" - Henri-Cartier-Bresson." .
                                                                                                  Leonardo Lima

24 de fevereiro de 2011

UPPs: uma mentira

Secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame.
No Rio de Janeiro, no atual governo, foi implantado a política das UPPs (Unidades de Polícias Pacificadoras). Essa política consiste na instituição de polícias comunitárias nas favelas do estado, desarticulando quadrilhas e, principalmente, enfraquecendo o tráfico de drogas.

A primeira UPP instalada foi na favela Santa Marta, em novembro de 2008. Em seguida, implantou-se o projeto na Cidade de Deus, no Batan, Pavão Pavãozinho, Morro dos Macacos entre algumas outras. O projeto agradou especialistas e moradores das comunidades pacificadas. 

De qualquer maneira, o que eu falei todos já sabem e o que vim contestar é a forma de como os envolvidos nas operações, o secretário de segurança, o próprio governador Cabral vêm tratando do assunto. Eles nos passam uma visão de que apenas após as polícias pacificadoras começou a ter diversão, felicidade etc. nas favelas pacificadas. Veja algumas declarações dos envolvidos aqui, na informação do concurso de fotografia.

No mesmo concurso de fotografia com apenas imagens de favelas pacificadas, "eles" tentaram dar mais credibilidade ao projeto. Por que só fotos de favelas pacificadas? Por que a maioria dos jurados do concurso não eram profissionais da área do próprio jornal O Globo, a mídia que promoveu o concurso? A maioria dos jurados era ligada ao Sérgio Cabral, como secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, a secretária estadual de esporte e lazer, Márcia Lins, o coordenador-geral de polícia pacificadora, coronel Robson Rodrigues da Silva. Aí é mole!

Uma medida inteligente da parte deles, "usar" os próprios moradores para darem ênfase a uma mentira. Como dizia Hitler, fascista igual aos governos do Rio de Janeiro: "uma mentira gritada muitas vezes, bem alto, ganha na opinião do povo, características de verdade.".

Olhem o que disse a Márcia Lins: "Todos tentaram reproduzir a vida que mudou, mostraram a paz, a beleza natural." Veja também o que disse o próprio coronel: "Antes da pacificação, os meninos não tinham essa liberdade, não podiam subir num muro, por exemplo.". E acrescentou que as fotos capturaram bem a alegria das crianças. 

Ué, antes da pacificação não havia alegria? A única coisa que pode alegar, que também não me convence, é que a qualquer momento as crianças sabiam que poderiam tomar um tiro de bala perdida, ter que fugir porque está acontecendo um tiroteio etc. Em que lugar não é assim? Corremos riscos em qualquer parte desse mundo, principalmente aqui no Brasil e no Rio.

Agora, vejam o que disse o editor de fotografia do O Globo: "O ambiente mudou, as comunidades estão vivendo climas menos tensos. Antes ninguém poderia sair pela rua apontando uma câmera fazendo fotografia. O traficante logo ia aparecer para impedir, intimidar a pessoa.". O que é falso, comprovado, também fotograficamente, no flickr, o qual tem o link disponível no final do texto.

Vejão bem, não estou criticando as UPPs, nem defender ninguém, apenas levantando uma questão, que na verdade, é uma mentira. Antes das UPPs já havia felicidade, alegria como disse o coronel. E o que vai provar isso não são palavras propriamente escritas, mas sim fotos, isso já basta!

Foto de Leonardo Lima!
Essa foto é incrível. Meninas brincando de pular corda na favela do Jacarezinho, no local conhecido como Azul, e pelo o que sabemos, a favela do Jacarezinho ainda não é uma favela pacificada. E o chinelo de uma das meninas jogado enquanto brincam, ou seja, não há aquela preocupação. Estão sendo felizes sem as UPPs.



                                                                                                                        

Foto de Leonardo Lima - Jacarezinho.
Essa, então, é perfeita! Contradiz inteiramente o tal do coronel. Um menino em cima de um muro preparando-se para subir mais alto ainda numa laje para soltar pipa, também no Jacarezinho, favela que não é pacificada.

Não dá para entender o motivo dos senhores tentarem deturpar a verdade. Querem que o pessoal da Zona Sul e de fora do Rio (como diz meu amigo Léo), que não entendem a realidade nua e crua, vejam e fiquem de boquiabertos com o projeto do Cabral: "Olha o que o Cabral e o seu secretário fizeram por aquele povo". Tudo pelo projeto 2014, será que o PMDB fura o olho do PT? Não, né? Fica para 2018, então. Ou visibilidade o suficiente para alcançar um cargo internacional, na ONU, como ele propôs ao ex-presidente Lula no ano passado para buscarem um cargo na tal instituição. O Lula não quis, mas Cabral teve que se contentar com o estado do Rio de Janeiro mesmo.


O povo de bem clama pela Paz. Não importa de onde e como ela venha, o povo quer Paz!

Está provado, então, que é mentira o que tentam nos passar. Não acredite em tudo que dizem. E se tiver argumentos, conteste! Sem pena...

Colaboração fotográfica de Leonardo Lima, veja mais fotos no flickr dele.

21 de fevereiro de 2011

Muito mais que irmandade!

Era um menino como todas as outras crianças. Às vezes ia à igreja com sua irmã mais velha. A irmã para o menino é como uma segunda mãe, é idolatrada por ele. Na época de dia das mães teve aquela festividade na igreja, homenagem justa às mães.

Todas as crianças da igreja recebiam um pano com mensagem de dia das mães para entregar à mãe. Naquela época, a irmã do menino ainda não tinha filho, e sua irmã o incumbiu de homenageá-la. Que alegria para o menino.

No dia da entrega, no domingo das mães, acontece a entrega das lembranças. O que menos importava ali era o presente, pois o que tinha mais valor era homenagem às mães fiéis. Começa a entrega com a fila extensa, uma criança de cada vez tendo que falar uma frase para sua mãe. Na quinta criança já está monótona a entrega, as crianças já falavam a mesma frase. 

Até que chega a vez do menino, o irmão-filho. Há religiões que só aceitam a adoração a Deus e a mais nenhuma outra coisa. Porém, o menino quebrou a regra, de maneira nervosa na frente de todos e soltou: "esse presente é para minha irmã adorável". Aposto como aquela suave frase soou como algo indefinível nos ouvidos de sua homenageada. A igreja é surpreendida pela frase e aplaude como nunca. Um momento especial.

Uma certa vez o menino brincava na rua com a sua inseparável bola. Uma tarde agradável, nem calor, nem frio. O menino se prepara para bater o pênalti, corre para bola e chuta com o pé direito e acerta no ângulo esquerdo do goleiro, que nem saiu na foto.

O menino, empolgadíssimo, virou-se para comemorar com uma das mãos para o alto e só com o indicador levantado, lembrando das comemorações do Ronaldo Fenômeno. Na hora do giro que ele levantou a mão deu de cara na barriga da mãe. Ela tinha um recado.

A irmã do menino, que é sua irmã mais velha estava o chamando na casa dela. Foi ver o que era, quando ela chama ele vai logo lá, nem pensa duas vezes. Chegando a casa de sua irmã ela estava o convidando para ir ao shopping pagar uma conta. O menino rapidamente aceitou e foi se ajeitar, logo depois, foram pagar a conta.

Chegando ao shopping, uma grande surpresa para o menino de aproximadamente 6 anos. A irmã o enganou e, na verdade, foi levá-lo ao cinema. A criança ficou com o sorriso de orelha à orelha quando soube da verdade. O filme era um clássico dos estúdios Disney: Mulan, que foi lançado em 1998.

Fazem o "ritual" que é feito antes de entrar na sala de cinema. Aquilo era inédito para o menino, primeira vez no cinema. Compraram a pipoca e o refrigerante, a pipoca o faz mal, o menino tem bronquite. Eis que entram na sala do cinema, quando sentam na poltrona, naquela escuridão, o menino derrama o refrigerante em si, que beleza.

A noite de cinema com uma felicidade sem limites para o garoto. Tudo ali valeu a pena. Talvez, a irmã não sabe o quanto o fez feliz naquela noite no final do século xx, na época FHC.

E deu a hora de voltar para casa, no fim de tudo, o menino ainda ganhou 1 real que para ele naquela época era muito, tinha apenas 6 anos.

Hoje, os dois principais personagens desta história estão assim:

Uma irmã-mãe: Andréia Lima!
.

20 de fevereiro de 2011

Infância

Era uma criança como todas as outras: brincava, corria, brigava etc. Fazia tudo que uma criança havia de fazer, vivia sem compromissos, como deve ser, realmente, uma criança.

Estudava de manhã, azar o dele, tinha que acordar cedo. Criança deve dormir até a hora que quiser, as crianças mais novas deveriam ter o turno da tarde só para elas.

Na escola, ainda pequenino, fazia parte daquela maldita hierarquia dos mais inteligentes da turma. Porém, era um dos mais sonsos também. Certa vez, a professora teve de se ausentar por uns minutos da sala, e alguns meninos, incluindo o pequeno sonso, assim que ela saiu, começaram aquela bagunça característica de crianças.

Quando a professora voltou, pegou todos de surpresa, vendo aquele escarcéu. Os meninos rapidamente sentaram-se em suas carteiras. A "tia", furiosa, chamou os meninos para frente da sala de frente para o restante da turma para dar aquela bronca. Para sorte do sonso e para fúria dos outros rapazinhos, a professora não o chamou.

A bronca rolando e o menino em seu lugar assistindo, olhando para os bagunceiros do quadro e os via dizendo para ele bem baixinho: " tu vai ver, vou te pegar lá fora".

Quando ele ouvia aquilo não parava de pensar enquanto não visse sua mãe na hora da saída.Voltava da escola exausto, às vezes, nem almoçava, caía direto na espaçosa cama de sua mãe.

Acordava no da meio tarde, fazia aquele lanche e ia andar de bicicleta. A mãe gritava: "quando escurecer, volta para casa!". E assim eram todos os dias. Antes do menino andar todos os dias de bicicleta, ele teve de aprender a andar de bicicleta, é claro. Pois bem, nesse dia em Itaboraí, o menino num campo de futebol careca, só terra, numa tarde, ele monta na bicicleta sendo amparado pelo cunhado e pela irmã. É sempre aquilo, começam empurrando, depois soltam. A criança foi toda empolgada, quando olhou para trás que não viu ninguém, bateu aquele medo, perdeu o controle e foi direto para o primeiro tombo de bicicleta, ficou todo ralado. Que beleza. Mas depois dessa ficou fácil e o menino passou a andar todas tardes.

À noite, era a hora dos famosos piques: pique-ajuda, pique-bandeira, pique-esconde etc. Mas ele preferia mesmo era o futebol e o pique-ajuda, talvez, já pensava no próximo naquela época. rs!

A mãe dele limitava onde ele deveria ficar, mas se respeitasse isso não iria ter uma atitude de criança, então ele saía mesmo e corria por tudo quanto é canto. Voltava atrás de uns colegas, pois não conhecia o caminho de volta.

Até que um dia ele foi atropelado por uma bicicleta, o guidom fez uma ferida no meio do seu peito. O local onde foi atropelado a mãe não poderia saber porque ela não o deixava ir para aquele local. Quando se apresentou à mãe com o machucado cheio de coleguinhas do lado, a primeira pergunta dela foi: "onde foi isso?". E o menino sem titubear disse que havia sido logo ali na frente, onde a mãe permitia. E a mãe nem duvidou, caindo direitinho em sua mentira.


Para sorte do menino, na sua infância, no final do século xx, ainda não existia essa febre de internet. Ele pôde aproveitar cada minuto da infância fazendo tudo que uma criança deve fazer longe do computador.

Na frente deste, não há aquele contato direto com o mundo, ela não se relaciona com outras crianças de qualquer maneira. Seus aprendizados ficam incompletos nessa fase da vida, o que pode acarretar em problemas quando a criança ficar mais velha. O computador hoje é dia é importante, entretanto, nada é mais importante do que a infância à moda antiga.

Ainda brincávamos de pega-vareta, banco imobiliário, bolinhas de gude, cabo de guerra, rodar peão, jogar Mario, tínhamos Geloucos, pirocóptero, víamos Bananas de Pijamas descendo as escadas, apertávamos campainhas e saíamos correndo, soltar um "vai cagar no mato", hoje em dia crianças mandam a outros lugares, enfim... sempre achamos que a nossa época foi a melhor. E hoje em dia nem sei se as crianças ainda têm catapora. Eu posso dizer que tive infância. .

Discordo de pessoas que dizem que a melhor idade é a terceira. Inaceitável isso. Isso é uma sátira, só pode. Não que a terceira não seja boa, mas a infância é, sem dúvida, a melhor época que existe na vida.

Apesar de sentir muita falta de sua infância, o menino da história, hoje, caminha para o futuro, tentando vencer na vida e fazer um texto igual ao Relatos de um velho. Ou seja, olhar para trás e dizer que a sua missão aqui foi cumprida. E vai pensar, mais uma vez: "Como essa vida passa rápido, infelizmente!".
É hora de caminhar para o futuro.