29 de dezembro de 2010

De Lula a 2010

O ano de 2010 foi "maravilhoso". Final de ano, recordes da economia, consumismo à flor da pele. Nem parece que o Brasil ainda é um país com muitas dificuldades. Meios de comunicação vão jogando nas mentes brasileiras esse consumismo exagerado, fazendo com que você também entre nessa onda capitalista, afinal a economia precisa se movimentar. Mesmo não querendo o capitalismo corre atrás de você, se correr o bicho pegar e se ficar o bicho come.

Não guarde dinheiro em casa, no porquinho, deposite na poupança para satisfazer o ego dos grandes bancários e contribuir para economia brasileira. Dinheiro parado não ajuda em nada "nosso Brasil", só atrasa.

Nessa década, principalmente nos últimos quatro anos, isso é mais do que importante para o Brasil, movimentação de dinheiro, decorrência do crescimento desse país que vivia numa situação pior.

Mas esse 2010 foi maravilhoso para quem? É o crescimento que inflama os olhos dos poderosos, e todo crescimento tem também a parte que é menos favorecida, depende do ponto de vista. Por mais que o Brasil tenha crescido nos últimos anos, isso não vale para todos os brasileiros. Muitos ainda continuam na mesma situação, nem sabem se o Brasil cresceu ou não, eles não têm tempo para prestar atenção nisso, precisam correr atrás de seu sustento.

No último governo, classe D foi para C, esta para B etc. Sem dúvida nenhuma vamos crescendo. E agora falo sem receio em ter apertado o número 13 nas últimas eleições. Um tempo depois das eleições, tinha um certo "gostinho" de arrependimento, mas agora vejo que fiz a coisa menos errada.

No governo Lula, por mais que tenha tido mensalão, sanguessuga etc. o país vem crescendo realmente. E vem aquela questão, prefere o político que rouba e faz alguma coisa ou prefere o político certinho que não faz nada? Dá uma discussão. Excluindo essa parte negra do governo Lula,
acredito em que ele não esteja envolvido em nenhum desses tipos de máfia, o Brasil esteve em boas mãos nos últimos anos.

Por isso resolvi votar, na minha primeira eleição da vida, na continuação do trabalho, se eu votasse na outra chave no segundo turno, correria o risco de voltar oito casas. Votando na continuação do trabalho, penso e acredito que aqueles que não viram o crescimento do Brasil por perto, sejam englobados para ter também por direito uma vida melhor.

Nesse espírito que vou encerrando 2010, que o Brasil cresça por completo, atendendo de todas as formas todos os cidadãos brasileiros. Saúde, educação, segurança, saneamento, transporte etc. Quero que nosso recorde de impostos seja investido realmente na vida dos brasileiros. Isso pode ser um sonho, mas é o que eu acredito.

Assim, encerro o post: se seu 2010 foi quase perfeito, continue no mesmo caminho, se seu 2010 não foi tão bom, esqueça o que se passou e aproveite a onda de "ano novo tudo novo". Desejo um ano novo diferente e melhor do que todos os anos que já se passaram. Feliz Ano Novo a todos.

Ah, e aquilo lá em cima de depositar dinheiro no banco, foi uma ironia ao que deve ser feito no capitalismo, faça do seu dinheiro o que quiser, não se prenda a essa máquina. Agora fui, tchau 2010!

20 de dezembro de 2010

Uma verdadeira mulher e um Natal dos sonhos

Essa pequena história é de uma cobradora de ônibus, isso mesmo, de uma cobradora de ônibus. Ela trabalha numa linha de ônibus todos os dias da semana, exceto um, que é o dia de folga. Ela vive seis dias em função de um.

No dia de folga, a mulher tenta fazer tudo que não dá para fazer nos dias de trabalho. Tenta aproveitar os 4 filhos. Sem poder aproveitar o estudo que teve, ela trabalha para poder dar aos filhos menores um bom início de vida, algo que ela não teve quando era criança. Começou a trabalhar muito cedo para ajudar os pais e isso a atrapalhou nos estudos.

Viúva, ela leva uma vida difícil, com muito suor, mas consegue manter tudo no eixo. Os filhos foram bem criados, e vêem a mãe como um belo exemplo de vida. A mulher, com meio século de vida, passou por cada situação. O homem, com o qual ela teve os filhos, morreu por ser alcoólatra. E como eu disse, ela leva os filhos consigo sozinha, fazendo na maioria das vezes, tudo em função deles.

Dos filhos, uma (menina) soube aproveitar o grande exemplo que tem. Tendo uma infância livre, ao contrário da mãe, ela pôde estudar, e vê no estudo a única maneira de ter uma vida como ela quer. Vai cursando faculdade de engenharia elétrica numa conceituada universidade e ainda trabalha para ajudar a mãe e os irmãos mais novos. Definitivamente, a menina é o orgulho da mamãe.

Os outros três filhos, um já é resolvido, possui a própria casa com sua esposa e seu filho, tem a própria vida. Os outros filhos são menores. Estes, necessitam da mãe mais do que nunca e a mãe faz de tudo para honrá-los.

E chegou para todos da família mais um Natal. Todos de roupa nova na noite do dia 24 para esperar mais um aniversário de Jesus e fazerem, como todo ano, o amigo oculto familiar. Uma ceia digna de uma família normal brasileira e o que mais chama atenção é o clima que vive a família. Aquilo para mãe é algo incomparável, ela vê a pequena família toda reunida: o filho com a sua esposa e o netinho dela, a filha que é só orgulho e os dois meninos mais novos, a razão do viver daquela mulher batalhadora. E a única coisa a se lamentar naquela noite é ausência do pai, como ele era querido e não sabia, deixou muitas saudades. O amigo oculto é uma festa, os presentes são o que menos importa ali.

Chega o dia 25, todos se confraternizam, fazem a oração que a Mãe ensinou e que aprendeu da avó de seus filhos. Ao fim, continua a confraternização e por instante pegam a Mãe chorando. Chorando de alegria, felicidade, uma alegria para ela que não tem no dicionário. E num efeito cascata estão todos em círculo chorando, com a Mãe no centro. Um clima maravilhoso, uma mãe que possui uma família humilde tem tudo o que ela mais quer, um momento único daqueles.

Com o espírito renovado, a família fechou com chave de ouro um ano difícil. E esperam começar 2011 com o pé direito e novos ares. Tudo o que mais queremos é isso, que a família brasileira tenha um 2011 diferente e melhor do que todos os anos que já se passaram. A vida é complicada, mas a vamos levando da maneira que queremos. Fazendo muitos sacrifícios e vivendo, é o que mais importa.

Desejo a todos um belo Natal como o da família brasileira representada acima e um Ano Novo diferente e melhor do que todos que já se passaram. Tchau 2010, até logo.

3 de dezembro de 2010

Horacio Macedo: deixará saudades

Minha nossa. Já está no fim. Como passaram rápidos esses três longos anos. Até ontem eu fugia do trote, hoje já aparece o tom de despedida. Muita gente não gosta nem de falar isso, ela leva consigo algo que gostamos, que desejamos, que vivemos e vai embora.

Confesso que, mesmo eu vendo muitos já naquele tom de despedida, eu ainda não havia sido incorporado e o meu cansaço, o meu desejo por férias falavam mais alto e queria que acabasse logo. Agora, quando penso nesse final de ciclo, o coração arranha: está acabando.

Se disserem que nesses três anos no Horacio Macedo ( colégio de todas as tribos ) a do não te fez feliz, alegre, crescer como pessoa, isso tudo é mentira. Entramos no Horacio Macedo como um girino, e vamos saindo como um sapo do mais selvagem. É impressionante a forma que como esse colégio me fez evoluir, abriu muito mais a minha mente. Particularmente, mudei demais.

No primeiro ano era aquele sufoco, era estudar, estudar, estudar... Novas amizades sendo construídas, e você ralava para conseguir míseros pontos para ter o luxo de escolher o curso técnico que lhe convinha. Não me arrependo de nada daquilo que fiz no primeiro ano, fez parte do meu processo de crescimento como pessoa, fui abençoado em ser um dos escolhidos lá naquela listinha de alunos do município que ingressariam no Horacio Macedo. Da mesma forma que muitos não sabiam dessa listinha, outros muitos sabiam, e era enorme a quantidade de pessoas esperando o resultado da possível convocação. Já ali naquela tarde de expectativas, vi muitas carinhas, as quais eu me tornaria amigo se meu nome estivesse na lista.

Felizmente meu nome estava na lista dos novos alunos do Macedão. Eu corria o risco de ficar sem colégio, porque não havia recebido nenhuma carta de uma escola estadual, aquelas cinco que escolhemos no final da oitava série. Mais tarde que eu fui saber que havia chegado a carta, mas a vizinha não tinha entregado ainda. Quando abri a carta, vi que estudaria no Colégio Paulo Freire. E eu pergunto, será que seria a mesma coisa que foi no Horacio? Obviamente não dá para responder, mas eu não trocaria os meus três últimos anos do Horacio por três anos no Paulo Freire.

Em 2009, já no segundo ano, foi uma mistura de turmas por causa das escolhas de curso técnico, ali cada um tomava seu rumo e da mesma maneira éramos obrigados a construir novas amizades. Quem menos você esperava que viraria amigo, aproximou-se de você e agora possuem uma grande relação. Muitos se afastaram de suas amizades iniciais, alguns ficaram pelo caminho, mudaram de turma, mudaram de turno e por isso a obrigação de ter novas amizades. Ao contrário dos outros segundos anos, não fomos só coadjuvantes. Mandamos no futebol, ganhamos os dois títulos mais importantes da temporada do HM. Eu tive a oportunidade de jogar em dois times espetaculares, atuando em duas finais, uma de cada lado, isso é uma honra. Carregarei para o resto da vida até isso. O meu segundo ano não permitia a minha permanência no Hula-Hula e no meu terceiro ano eu fui jogar no time que tinha o vermelho do coração, o vermelho da paixão, o vermelho do comunismo: Skavurska. Não me arrependo em ter feito essa troca, de maneira alguma. Joguei no meu Skavurska.

O futebol do HM, campeonatos e mais mais campeonatos. É um absurdo qualquer tentativa de impedi-los. Eles movimentam o colégio, este não é a mesma coisa sem os jogos. E isso se expande para a história do trote, é um absuro qualquer tentativa de impedir o trote. Não são as cerimoniazinhas que integram os acanhados novos alunos ao restante do colégio, o que realmente faz essa integração são os trotes bem feitos, sem abuso.

Concluído o ano de 2009, vamos para o terceiro e último ano do HM. No terceiro ano descobrimos que estudamos todos aqueles anos desde o jardim em prol daquele ano: o ano de vestibular.  A maioria querendo uma vaga numa universidade. É o final do ciclo, não tem jeito. Vamos viver de novo o que vivemos no segundo ano, seremos separados. E por mais que isso aconteça, veremos também quem mesmo foi realmente seu amigo nesses três anos. O meu terceiro ano foi o melhor de todos os tempos, sendo um pouco fanático, pois sempre a nossa época é a melhor.

Da mesma forma que aproxima um final de ciclo, aproxia-se também o início de mais um e isso é motivante, vamos com tudo, começar com o pé direito, de preferência. Vamos buscar a nossa sobrevivência. Este ano, estamos sendo empurrados para o mundo adulto, sem chances de volta. Essa é a vida, vamos sendo levados para o mundo do comprometimento, da responsabilidade acima de tudo, da busca pelo primeiro emprego, enfim, é o mundo adulto logo ali na esquina. Como eu disse, não tem jeito.

Na reunião para os pais de novos alunos lá no primeiro ano, antes do ano letivo começar, eu ouvi da diretora que ex-alunos dizem que os três anos do HM foram uns dos melhores anos de suas vidas. Eu cheguei a duvidar. Hoje em dia, não tenho a menor dúvida. E repito e perpetuo essa história: foram uns dos melhores ano de minha vida. Vai fazer muita falta, de estar ali todos os dias, risadas e mais risadas, correndo atrás de nota, algumas desavenças, mas nada que possa destruir o que foi construído. Saudade, essa palavra dói. Entretanto, chega uma hora que acaba, vamos fazer o quê? Tudo que é bom dura pouco, não é esse o ditado? Sem dúvida, chega uma nova vida.

Por fim, nessa nova vida, lembraremos e sentiremos a vontade de retornar ao HM. Viveremos cada minuto nesse finalzinho intensamente. Agradeço por tudo, conheci pessoas maravilhosas nesse colégio e digo que O HM DEIXARÁ SAUDADES.

2 de dezembro de 2010

Um abraço

Um gesto tão simples, tão fácil, prático e de graça. Muitas pessoas nem dão muita importância para esse singelo gesto, mesmo que seja só por diplomacia. Pode ser dado na sua mãe, no seu pai, na sua avó, até no seu irmão e na sua irmã, num amigo, no bicho de estimação em qualquer pessoa querida e não querida também, se quiser.

Especialistas dizem que com um abraço no início do seu dia, o restante dele será bem prazeroso, bem mais fácil de driblar as inconveniências e imprevistos que nos acontecem.

Um abraço vale mais do que mil palavras. Se for tentar algum tipo de reconciliação com alguém, tente arrancar um abraço primeiro. Se conseguir, será mais fácil conseguir o perdão. Existem abraços de todos os tipos, desde aquele diplomático até aquele em uma pessoa bem especial, que por qualquer motivo lhe dar um abraço. Tem aquele de leve, tem aquele que aperta, aquele do tapinha nas costas etc.

Um abraço faz bem, já afirmaram os especialistas, não procure motivo para abraçar. Nesse caso é válido dar uma de maluco, mas um maluco feliz, isso que importa.

Portanto, não hesite em fazer isso. É bom... Olhe para pessoa mais perto de você e dê um abraço. Duvido que ela não irá gostar do ato inesperado. Compartilhe bem-estar, principalmente, estamos precisando dele. Divulgue: "Um abraço faz bem".

25 de novembro de 2010

Tropa de Elite 3

Tiros, polícias, bandidagem, marinha, medo, favelas, veículos queimados, Tropa de Elite, desespero, faces amedrontadas, pessoas queimadas e mortas, toque de recolher, incerteza.

Eu tenho que registrar isso aqui, vai ficar marcado na história, não só na do Rio, mas também na do Brasil. Eu, com os meus 18 anos, nunca havia visto algo como este.

Depois de anos de abandono da segurança pública daqui do Rio de Janeiro, são implantadas as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nas favelas cariocas. Especialistas dizem que é um ótimo projeto e falam que implantando-as, há evasão de bandidos para outros locais do Rio: outras favelas e até mesmo asfalto e que isto é o grande problema causado pelo descaso da segurança pública nas últimas décadas.

Esses ataques de bandidos pelo Rio de Janeiro querem um basta e fazer com que o poder público repense e recue nessa política de segurança. Dizem-nos para manter a calma e continuarmos a rotina normalmente. Sei que a calma é importantíssima nessa hora, mas é praticamente impossível manter a calma num momento em que você dentro de um carro, dentro de um ônibus, numa avenida ou rua qualquer, e bandidos armados pegam um veículo para tacar fogo. Como manter a calma assim? A primeira coisa que pensamos num momento desse é ir para casa imediatamente.

Os ataques fizeram boa parte do Rio paralisar. Creches e escolas fechadas. Aqueles que estão em casa não podem sair e aqueles que estavam no trabalho não podem voltar para casa, se voltar corre o risco de morte. O caos, que eu vinha citando em minhas postagens anteriores, está no seu auge com toda essa guerra. A cidade está sitiada.

A polícia tenta conter, faz incursões nas favelas. Os moradores favelados também se apavoram. Muitos deles estão fora de suas casas, fora de sua favela. Estão trabalhando em algum canto e aqueles que têm filhos dentro de casa se desesperam. Tentam de qualquer maneira voltar para casa, talvez possa ser uma atitude impensada, mas há o instinto animal de proteger suas crias. Em todo lugar é assim.

A população não sabe o quê fazer, fica num jogo do vai-e-vém no meio dessa maior operação policial da história. Aqueles, que pensavam em acabar com o tráfico, sabiam que um dia toda essa guerra contra a criminalidade iria ocorrer. Eis que o dia chegou. A polícia tem o apoio da marinha, recebe tanques de guerra ( meu Deus, a que ponto chegamos?! ). Realmente, toda essa situação é para fazer chorar. Depois disso tudo, esperamos que tenhamos a paz algum dia no Rio. Sonho em ver esse desespero pulverizado. Toda essa situação nos faz viver em 5 dimensões o filme Tropa de Elite 3.

As imagens das pessoas abanando panos brancos numa favela me arrepiaram. Já estamos cansados disso, e eu insisto: até quando viveremos assim? Só consigo responder de uma forma: enquanto existirem pessoas levantando a bandeira branca, existirá também a esperança de que algum dia seremos atendidos e passaremos a viver num lugar em Paz. E assim, vamos vivendo, se um dia será possível acabar com esse mal eu não sei, e enquanto não acaba frases como a que está no final nos carregarão e vamos vivendo. Ué, fazer o quê? Temos que continuar levando a vida, vamos parar por causa disso? Tornaremo-nos autistas? Talvez, o autismo seja a única solução para isso tudo.

Portanto, eis a frase: QUEREMOS PAZ, MAIS DO QUE NUNCA.

22 de novembro de 2010

Janela

Um belo final de tarde, aquele sol reluzente, que mais cedo foi o motivo da minha ida à praia. Na minha volta para casa, fico sentinelamente na janela, analisando o rumo daquele lugarzinho. A rua está cheia, alguns estão ali para mais um momento de satisfação, outros estão ali por necessidade. Vejo o pessoal da cerveja num canto, vejo as crianças se divertindo, bola daqui, piques dali, vejo também aquelas mexeriqueiras, para estas faça chuva ou faça sol, elas estão falando da vida alheia. Mas nesse caso, elas aproveitam ao ar livre para satisfazerem-se.

Com o sol reluzente, a rua fica cheia, música tocando no bar, uma barulheira só. Algumas pessoas estão tendo mais um momento de prazer, já no semblante de alguns daquela rua, percebe-se que aquela felicidade é momentânea, estão alegres, nem parecem que são cheios de problemas. De certa forma, estão certos, chega uma hora que é preciso "esquecer de tudo", precisamos ter devaneios para nos recuperar, nos refazer, nos renovar!

Depois dali, cada um voltará para o seu mundo e acaba-se a história do devaneio, voltarão a viver suas realidades com as suas peculiaridades. Olhando para o céu e vendo algumas nuvens, lembro-me de que no dia anterior, a meteorologia havia previsto chuva para o final da tarde. E realmente, as nuvens começam a se aproximar, fechando aquele tempo maravilhoso. Dentro de uns minutos, lá veio a chuva. Foi aquela correria, não havia mais aquelas crianças, muito menos as fofoqueiras e nem o pessoal do bar, que tinha o seu dono abandonado.

Pensei que não havia mais ninguém, entretanto, havia um pessoalzinho amontoado no canto da esquina. Daí que eu fui me dar conta que o crack chegou também a minha rua. Vamos vendo ele se aproximar cada vez mais, é impressionante o arrastão que ele vem fazendo sem nada que possa freá-lo, sem nenhuma medida capaz de dar um basta nessa droga avassaladora.

O meu dia ensolarado que foi embora por causa da chuva refrescante, foi estragado por aquela cena obscura. E eu, assim como a maioria da população, estou com medo, não porque eu possa virar um usuário, mas sim porque essa droga pode me atingir indiretamente engolindo pessoas queridas minhas.

Isso é um retrato da vida que levamos hoje: o medo, o caos etc. tomam conta da mesma. Esses problemas são expostos na mídia, esses assuntos já nos saturaram, no entanto, nada é feito. Até quando será assim, até quando esse caos e esse medo vão nos moldar? Esses tipos de perguntas só serão respondidas positivamente, sonho eu, num Brasil distante, in-fe-liz-men-te!

17 de novembro de 2010

Futebol

Futebol é um esporte maravilhoso,
está no gosto do povo,
tem jogador que joga sorrindo
só o brasileiro tem esse dom
e com ele nos encanta.

O Esporte é maravilhoso,
ainda mais quando se fala no Futebol,
ele vaga pelo mundo,
é tão famoso que ganha até do beisebol.

Ah, o Futebol!
Nos perdemos, nos divertimos
numa competição normal e 
é um devaneio total.
Por necessidade ou não,
eu adoro o Futebol.

No Futebol, o Brasil tem muita moral,
não só pelas cinco estrelas,
temos também o maior jogador mortal,
isso é contestável, pois para muitos
o Pelé, futebolisticamente, será sempre Imortal.

No Futebol, o Brasil tem muita moral,
mas é tanta moral que,
só dá pra dizer que o Futebol brasileiro
é único, Desigual!

11 de novembro de 2010

Redação representante

Redigirei aqui a redação que representará o colégio Horacio Macedo no Projeto Redação 2010 do jornal Folha Dirigida que envolve também o SEEDUC e a Fundação Biblioteca Nacional. A redação foi escrita em maio de 2010 e se apresenta a seguir.

                        Quem sou no lugar em que tenho para viver

Em outubro de 1992, eu nascia: era mais um morador da Favela do Jacarezinho. De lá para cá, aconteceram tantas mudanças...

Espera aí, como assim mais um morador da Favela do Jacarezinho? Num certo momento da vida, somos obrigados a escolher caminhos: ou seguimos por um onde vão passar a vida toda "empurrando com a barriga", sem perspectivas, o certo e o errado, respectivamente.

Eu vi colegas indo à direção do caminho da rotina, do erro e passei a ser visto como o "diferente", porque escolhi ser diferente, escolhi outras maneiras de conquistar algo positivo na vida.

Quanto à questão das amizades, das influências pelo lugar onde nasci, também depende das escolhas. Eu escolhi ser como minha mãe ensinou: fui bem criado. Aliás, melhor presente que já recebi! Justamente por ver tudo o que acontece ao meu redor, escolhi ser e não ter!

Mas falando em ter, teremos (tivemos) eleições esse ano, o que é uma esperança. Cabe a nós fazermos dessa esperança uma escolha sábia e torná-la realidade. É uma chance de termos um futuro diferente, mas para isso, é importante sermos diferentes.

Vivemos num mundo contaminado por uma doença de pensar em ter desenfreadamente: ter vários amigos, relacionamentos ou bens. Mas e que tal sermos amigos, sermos valiosos?

Precisamos nos vacinar e compartilhar valores com os demais, tentar ao menos, para que possam também fazer uma avaliação do que são ou têm.

Espero eu que um dia sejamos assim: capazes de nos avaliarmos e vivermos em uma sociedade menos imperfeita de valores. Afinal, ter deve ser apenas consequência de ser: se sou um amigo leal, terei um também, certo?

4 de novembro de 2010

Um novo órgão, por favor!

O pulmão é o orgão mais importante para respiração do Reino Animal. Ah, biólogo de plantão, não me venha falar da lampréia. Estou falando do pulmão porque é o meu caso, a minha bronquite alérgica carrega-me desde pequeno.  


É um sufoco conseguir um pouquinho de ar, quando a crise vem que nem uma avalanche. Porém, não é para mim que eu pesso um órgão novo. Pesso pelas pessoas que passam anos em filas e mais filas, vivendo no limite, esperando por um rim, por um coração etc. Esse tema poderia ser mais explorado, porém, só quero fazer um pequeno apelo e numa possível ocasião explorarei o tema por completo.


Você que vive aí reclamando da vida por questões fúteis, vá a um desses institutos para ver o que é sofrimento. O apelo já não é mais apenas na parte dos órgãos, isso se estende para doação de medula óssea e doação de sangue. Então, se tiver a oportunidade, faça bem ao próximo, doe sangue, doe medula, doe seus órgãos ( esse há uma questão biológica ainda, de qualquer maneira, antes de morrer deixe o recado para os familiares: óh, se eu morrer com problema cerebral, tenho chance de doar meus órgãos... demonstre o interesse). Não deixe esse mal te atingir para poder abraçar essa causa. Vamos lá, mostre que há luz no fim do túnel para os debilitados.


Viva a vida!


Custa nada, é de graça, acho que ainda ganha um lanchinho. Mostre o poder que o verdadeiro ser humano tem. Seja ser humano, a humanidade agradece.


O verdadeiro poder do ser humano!

30 de outubro de 2010

Segundo turno aí

Depois de algumas semanas, lá vem ele, lutou bravamente para conseguir encher o saco mais uma vez da nação brasileira, muitos diriam que este seria o Serra, mas digo que quem chegou, além dos presidenciáveis, foi o Segunto Turno.

Confesso que já estou de saco cheio do assunto eleição, assim como a maioria dos brasileiros também está. Entretanto, para alegria da nação, em menos de uma semana esse assunto perderá espaço na mídia, até a posse do novo(a) Presidente no início do ano que vem.

Em alguns Estados do Brasil, junto do DF, ocorrerá o segundo turno para Governadores. Eu pergunto: aqui no Rio, vai ter segundo turno? Respondo: claro que não, a nossa situação é maravilhosa, quase não há problemas na segurança pública, temos um excelente sistema de saúde etc. E em relação ao governador atual é incontestável a permanência dele para nos dirigir por mais quatro anos. Que inveja dos Estados que terão segundo turno.

Eu disse que Fernando Collor havia se candidatado ao governo alagoano, em relação a isso, há uma boa e uma má notícia: a boa é que ele não conseguiu se eleger, e a ruim é que o povo alagoano o deixou em terceiro na disputa. Também é querer demais se ele ficasse em último.

Collor apóia Dilma, esta apóia Sérgio Cabral, este é o governador reeleito no estado do Rio de Janeiro, perceba a roda gigante. Parece meio tarde para falar disso, mas queria deixar este assunto para mais perto desse segundo turno. E ainda tem o caso da Erenice com o seu filho para colocar na balança. Se Dilma e o PT perderem nessas eleições, os próprios culpados são eles mesmos. Viram Serra crescendo nas pesquisas e se desesperaram, caindo a máscara da "Mãe do Pac"e até mesmo do "Filho do Brasil".

E o Lula no meio desse desespero todo mostrou um defeito moral, ganhou uns descréditos por causa da indefesa Dilma Rousseff. Lula, sem dúvidas, foi o principal mentor de Dilma. E se ela for eleita, não há dúvida também que o Lula fará isso no mandato dela, sem problemas. Há poucos dias, o ex-presidente argentino Néstor Kirchner faleceu e ele era o marido da atual presidente argentina: Cristina Kirchner. A história na Argentina é que Cristina agia de acordo com o seu marido, ele era o mentor. Pois bem, todos sabemos que o Lula já tem uma certa idade e que a qualquer momento pode deixar de controlar a Dilma. Isto ocorrendo(só uma possibilidade, não estou agorando o Lula, não), será que a Dilma saberá andar com as próprias pernas? Isto só o tempo para nos dizer, mas devemos colocar isso em evidência.

E o Serra? Ah, esse fresco aí. Bolinha de papel e um suposto rolo de durex iriam levar o candidato a fazer exames e sofrer um tipo de tontura, que forçação de barra. Se o PSDB vencer nessas eleições será uma virada incrível por parte do PSDB, nem tanto para os brasileiros. Talvez se o Serra fosse candidato de outro partido seria diferente, ia ser um pouco mais bem visto. Não haveria as histórias das privatizações do PSDB e as negatividades do presidente que lançou o Plano Real, FHC.  E talvez se o PSDB lançasse o Aécio Neves ao invés do Serra, aquele poderia alcançar um patamar maior. Além do escândalo da bolinha de papel, Serra teve a história de seu assessor Paulo Preto ou "Negão" ter desviado 4 milhões de reais da campanha peessedebista. A essa altura do campeonato, a corrupção fica ofuscada pelos demais acontecimentos.

Por fim, há algumas semanas eu disse que não votaria em branco ou anularia o meu voto. No decorrer dessas semanas, essa opção ganhou espaço diante dos acontecimentos que antecederam o segundo turno. Mas votar em branco ou anular o voto é ser radical demais, ou não.

Ah, já ia me esquecendo. No domingo veremos quem vai vencer a interessante "briga particular" entre as igrejas de Silas Malafaia e Edir Macedo, o primeiro apóia o Serra e o segundo, que é dono da TV Record, apóia a candidata petista.

Por fim mais uma vez, termino esse texto com uma piada que minha mãe contou-me há alguns dias.
Afinal, existe aquele velho ditado: "tem que rir pra não chorar!"
Então, lá vai.
Pergunta: Por que a Dilma não consegue subir na árvore?
Resposta: Porque o Zé Serra.

23 de outubro de 2010

Minha primeira vez

Voltando do meu colégio, no dia 22 de outubro de 2010, fui interceptado por dois policiais militares. Nem acreditei, realmente não esperava. Afinal, tudo tem sua primeira vez, até ser parado por PMs.

Tudo começou quando saímos da praça, na hora de ir embora. Eu posso pegar dois caminhos para ir pra casa. Eu sempre escolho um caminho, e por ironia do destino, eu escolhi ir pelo outro. Estava comigo o meu amigo de longa data, Douglas Viana, quem me induziu a ir pelo caminho que não costumo ir, mas vai quem quer, e eu fui, ou melhor, nós fomos. Se eu estivesse escolhido o mesmo caminho de todos os dias? Bem provável que não seria parado por eles.

Quando estávamos há uma distância razoável do colégio, somos surpreendidos pelos tais. Até agora, não vi nada em nós que possa ter levado os infames a ter nos parado. Até porque, estávamos de uniforme do colégio. E depois até brincamos, ninguém mais tem respeito pela marca Cefet. Ou os policiais eram ignorantes. Se eu realmente estivesse de forma suspeita, nem falava nada. Mas nós estávamos uniformizados, pô. 

Tudo bem que foi bem rápido. Diante deles, até fiquei constrangido por não ter o mesmo grau de sujeira que aquela farda tem. Fizeram-me duas perguntas: o bairro e a rua onde eu moro. Mesmo assim achei uma falta de decoro com os nobres estudantes. E também depois do ocorrido, fomos horríveis em pensar: hoje é sexta-feira, estão loucos para garantir a cervejinha. Com isso, Douglas me disse que estava acostumado. Como assim acostumado? Virou moda ficar parando estudantes por aí? Inadmissível.

Essa daí é a nossa polícia, indo para outro assunto, corrupta, que pode até ser o reflexo de nossa população. Na atual situação da Polícia no Rio de Janeiro, penso que não só no Rio, quem deveria ser parado eram os policiais. Iria lhes fazer a pergunta: "qual foi o ato de corrupção que vocês cometeram hoje?". É relevante a idéia de minha generalização, aqueles dois que nos pararam têm a possibilidade de ser completamente legais diante da sociedade.

Parabenizo àqueles que lutam por uma corporação legal, é bastante visível como é difícil ser assim, contra um sistema mais do que consolidado, vide Capitão Nascimento. Gostaria de uma Polícia que, realmente, defende o bem comum e não contribui para com as mazelas sociais.
Entretanto, como já disse em um dos textos anteriores, ainda sonho usufruir um Brasil curado.

Fiquei injuriado.

17 de outubro de 2010

Ingratidão

Na última sexta, num belo dia dos professores, sem aula, fui com uns mulambos ao Rio Water Planet, um belo parque aquático na maioria dos sentidos. Foi um grande passeio, ao lado de alguns amigos do colégio, me diverti e me cansei demais.

Brinquedos ali, tobogans aqui, algo mais acolá. Era emoção à flor da pele descer pelo 90 graus.
Uns queriam se apresentar, queriam, sei lá, na verdade estavam de trollagem. Pareciam verdadeiros camicazes querendo se exibir.

Mas, o que eu quero dizer com este texto foi um ato de ingratidão ocorrido no parque. E o que me impressionou foi que esse ato fui eu que cometi(óh, ele nunca é injusto). Só vim perceber isso ontem, sábado. E fiquei me perguntando o por quê eu fiz.

Fiquei com a conclusão de que o ato foi sem querer. Talvez eu estivesse enjaulado pelo senso comum e me perdoei. Alguns vão achar isso uma bobagem, mas através desses pequenos detalhes que conhecemos algumas pessoas(sendo um pouco auto-complacente). Pequenas atitudes nos mostram como um ser é ou um ser nos mostra como é em pequenas atitudes.

Enfim, vou dizer o meu ato. Estávamos por volta das 13 horas da tarde e eu e mais alguns dos mulambos desceríamos por um tobogam conhecido como funil, o qual alguns se recusaram a descer. Pelo nome, percebem-se como é o brinquedo, que em seu final é o nome que o caracteriza. Então que chegou minha vez, aquele friozinho na barriga de sempre e eu fui. Fui fazendo aquele caminho, pernas para cá, pescoço para lá e a vermelhidão nas costas. E quando cheguei à parte do funil, perdi o controle(como se você tivesse controle num brinquedo desses) e caí de cabeça para baixo numa piscina com mais de 2 metros, e eu com aquele discurso de que nado mais ou menos, estava me afogando. Tinha a possibilidade de eu me salvar sozinho, entretanto, o salva-vidas, que mais parecia com o Makelele prateado do Pânico, não vai esperar por essa possibilidade e vai salvar a pessoa que está em apuros. E ele me salvou.

E o "X" da questão está aí. Depois que eu estava recuperado, nem olhei pra cara do lifeguard. Nada a ver o que eu fiz, o cara salvou minha vida e nem um olhar de satisfação. E foi como eu disse, foi como se eu estivesse enjaulado pelo senso comum, se é que me entendem. E os que não entenderam ainda, a minha explicação: o salva-vidas está ali pra fazer aquilo e está ali todos os dias e exausto de pegar pessoas na piscina. E por isso, talvez, não lhe dirigi a palavra agradecendo. Essa é minha explicação, sei que o salva-vidas não vai ler isso e nem deve ligar se agradecem ou não. Mas com esse texto eu o agradeço, reconheci a minha ingratidão.

E repito: pequenos detalhes nos fazem conhecer a essência de um indivíduo e vice-versa

10 de outubro de 2010

8 de outubro

O dia 8 de outubro é muito especial para mim e para todos que conhecem essa Mulher. Mais um aniversário.

Eu preciso escrever algo Dela e para Ela, principalmente, pois quando falei do meu Pai aqui há alguns meses e Ela leu o que eu falei do meu Pai, percebi que Ela sentiu um ciuminho. Mas nada demais.

São tantas coisas para se escrever Dela, que torna-se quase impossível descrevê-la. Ela é a minha base, ela quem moldou-me, ela quem atura-me, principalmente, pois reconheço que sou um pouco chato.

Digo que sou eternamente grato, eternamente não, pois nasci com bronquite(brincadeira!), é eternamente sim.
Eu poderia resumir esse texto em apenas uma palavra: MÃE. Sou abençoado por ter uma MÃE, dela vem aquelas palavras peculiares que uma MÃE representa: amor, mas amor mesmo, a ponto de ter aquele super-protecionismo(mais uma palavra), educação vem de casa, especialmete. E tantas outras que tentam definir uma MÃE verdadeira.

Lembro-me bem da época de primário, na qual tinham aquelas apresentações em homenagem aos Dia das Mães, e eu, completamente tímido e envergonhado, tentava fazer a melhor homenagem possível.
Esta Mulher, a partir dos meus 8, 9 anos de idade, foi ao mesmo tempo minha Mãe e meu Pai, não só meu, de meus irmãos também. Digo que ela soube, sabe e continuará sabendo por mais meio século de vida desempenhar esse papel.

E chegará uma hora, que eu vou ter também que fazer a minha parte, não só por obrigação, mas também por prazer. Até porque, como eu disse, sou eternamente grato por tudo que vem fazendo por mim. Espero que faça essa "retribuição" da melhor maneira possível, só que desta vez sem timidez e vergonha.

E termino esse pequeno e sincero texto com aquela arcaica frase: MÃE, eu te amo!

2 de outubro de 2010

Terra do Nunca

Terra do Nunca é uma história baseada, basicamente, em sua principal personagem: menino Peter Pan. Este é um menino que se recusa a crescer e que passa a vida por aventuras mágicas e a atividade do seu reino depende da sua ausência e presença, ou seja, é P. Pan quem faz funcioná-lo.

Na Terra do Nunca imaginada por mim, tudo é perfeito. Nela, não temos atrocidades, não temos ilusões, não vivemos covardemente, não seríamos obrigados a votar etc. Por outro lado, na minha Terra do Nunca, viveríamos em paz em todos os aspectos, teríamos devaneios apenas por diversão e não por necessidade e o povo desse Brasil seria o Peter Pan ideal.

Nós do Brasil somos o Peter Pan, um Peter Pan que se recusa a crescer, literalmente. Um Peter Pan que tem uma visão de tudo desinteressada, em muitos casos é burrice mesmo e não desinteresse. E por ser desinteressada é limitada. Na Terra do Nunca, nós iríamos ter gosto de assistir ao horário eleitoral gratuito, hoje não vemos o horário eleitoral não só porque é chato mas também porque, como já disse, há o desinteresse que é causado por quem está passando o seu programa, ou seja, o Peter Pan brasileiro(povo) já está cansado de não ver resultado, desacreditado, por isso meio que desistiu e desliga a TV. E aqueles que insistem em ver, têm que fazer vista grossa.

Entretanto, o cansaço foi causado pelo próprio Peter Pan, pois quando chega à hora da prova, mesmo podendo colar, fica reprovado. Reprovado porque não fez o trabalho de casa, porque não estudou para prova, porque pega o papelzinho no chão no caminho ao local de voto, porque vende o voto(outra discussão) e outras situações típicas de brasileiros.

Nosso menino Pan é diferente do da ficção, totalmente inverso, pois o da ficção rege o seu reino, e nós, somos regidos, desleixados e pagamos caros por isso. Os eleitos estariam em suas funções para nos servir, porém, somos nós quem os servimos. E o cidadão sofredor que pega o papelzinho no chão e tem após as eleições o mesmo tipo de vida sofrida, eu digo que é bem feito. Voto é coisa séria, e seriíssima.

Na minha Terra do Nunca, já que somos obrigados a votar, por que não o fazemos com vontade, custa nada, é apenas um dia em cada 2 anos. Sei que é difícil achar alguém digno de um voto em meio a tanta repugnância, mas quem procura acha, quem estuda passa na prova.

Na minha Terra do Nunca, presidente que foi impedido de governar(impeachment) em virtude de ilegalidades morais e financeiras durante o seu mandato(mesmo que fosse por outro motivo, sofreu impeachment, pô), não volta a concorrer nem mesmo a uma vaga de síndico. Mas como a minha Terra é a do Tudo, Fernando Collor voltou em 2006 e foi senador, e agora concorre ao governo alagoano. Se for eleito, será mais uma prova de que nosso Peter Pan tem algum tipo de defeito.

Por enquanto, eu vivo mergulhado em utopias, ainda tenho devaneios por necessidades, por enquanto vejo uma mulher a favor do aborto integralmente, prestes a montar no Peter Pan leproso.

E no meio dessas utopias, eu continuo sonhando em achar uma vacina para curar esses males, um dialeto que dê para entender o povo brasileiro, ainda sonho em ver esse Brasil curado, sentir esse Brasil curado e poder desfrutar desse Brasil curado.

28 de setembro de 2010

Dia 27 de setembro

Dia 27 de setembro, além de ser o dia do aniversário de uma querida amiga, esse dia, todos sabem, é de São Cosme e São Damião. E nesta semana passamos pelo dia 27 de setembro. E falarei um pouco desse dia.

O dia é uma homenagem aos irmãos médicos e gêmeos Cosme e Damião, que na verdade chamavam-se Acta e Passio, respectivamente. O gêmeo Cosme é conhecido como o milagreiro da levitação e Damião é conhecido como o da tranquildade da aceitação de seu martírio.

Há várias histórias sobre sua morte, inclusive uma por serem bons demais, caridosos, e por haver uma história de cura de diversos pacientes, foram jogados em um penhasco com a acusação de feiticeiros e serem inimigos dos deuses romanos, isso por volta de 300 d. C.
Então essa história é antiga em relação aos irmãos e em relação às pessoas caridosas, pois, realmente, aqueles que querem e fazem o bem ao seu próximo, não têm vez.

E ainda tem alguns que tentam comprovar que os irmãos gêmeos não existiram. Devem ter algum motivo , mas para quê fazer isso? Sei que esses cars não vão ler isso, mas não vejo necessidade.

Na cultura brasileira, os irmãos são relacionados aos ibejis, também irmãos gêmeos do(a) Umbanda. Os gêmeos ibejis seriam crianças, no meu ponto de vista interesseiras, pois realizariam qualquer pedido em troca de doces. Engraçado. Hoje em dia, as crianças pegam doces sem realizar nenhum tipo de pedido ( fui um dessas crianças ). Também, haja pedido para tanta criança.

Tenho saudade do tempo em que eu "corria" atrás desses doces, era muito bom e chegava exausto a casa. Corria risco também pela rua, mas minha MÃE estava comigo. A gente cresce e não vai pegar mais, se fosse haja cara-de-pau. Entretanto, atualmente parece que esse costume vem perdendo seu prestígio. Ainda vemos movimentações pela rua de crianças, mas comparado a um tempo atrás, não é a mesma coisa, infelizmente.

Com o passar do tempo os costumes antigos vão perdendo cada vez mais a chance de permanecer entre nós, não há mais aquele conservadorismo, e até os coitados dos santos gêmeos estão perdendo a vez com a modernidade. Essa é a uma das partes maléficas provocadas pela modernidade.

19 de setembro de 2010

Sistema Ferroviário

Na história, o sistema ferroviário - trem - tem uma participação importantíssima no Brasil e no mundo. Essa importância é bem visível na época da Primeira Revolução Industrial, até porque na época o trem era um dos poucos tipos de transporte que  permitia o deslocamento rápido e eficaz das matérias primas para as fábricas.

Sua participação nas Primeira e Segunda Guerras Mundiais também foi "importante", pois permitia o transporte de soldados e armamentos para onde fossem necessários. Foi pelo trem, o qual os índios chamavam de "Cavalo de Ferro", que os colonos ingleses desbravaram o oeste americano e o trem também ajudou a construir o que é hoje considerada a maior potência mundial. Trens ligaram populações, regiões, continentes que eram completamente isolados e comunicação, por exemplo, demoraria muito tempo para se comunicar algo a alguém distante.

No Brasil, em 1835 houve o interesse de implatar o sistema, mas o projeto não foi para frente, à época dos Regentes. A "Baronesa" foi a primeira locomotiva a circular no país em 1854. O Sistema Ferroviário evoluiu no país, principalmente, no período entre 1911 e 1916 . Em 1957, é criada a Rede Ferroviária Federal, que unificou 42 ferrovias já existentes. Nessa época, surgem também as primeiras locomotivas a diesel no país. Nesta altura, a rede ferroviária brasileira já chegava a alguns países sul-americanos, como Bolívia, Argentina e  Uruguai.

No governo FHC, 1995 a 2002, onde houve uma série de privatizações de empresas estatais, o Sistema Ferroviário não escapou e foi privatizado em 1996 e suas linhas foram divididas por diversas empresas. O desejo inicial dessas empresas era o tranporte de cargas, deixando de lado o transporte de passageiros, que é essencial num país como o Brasil que tem dimensões continentais.

Nessa semana, fiz uma coisa que é praticamente raro de acontecer, andei de trem. Logo de cara, assim que adentrei a "lixataria", vi a situação dos vagões. Estão imundos, sem nenhum tipo de conservação. E num percurso em que demoraria no máximo 30 minutos para concluir, demorei 1 hora e 10 minutos, porque no meio do caminho ficamos parados por cerca de 25 minutos, pois funcionava só numa linha porque na outra havia um trem em manutenção e  por sinal cheguei a ver por fora e parecia estar na mesma situação do trem em que eu viajava. Quando está em movimento, parece que estamos num rally e vemos a diferença entre os vagões.E por sorte, não o peguei num dia quente, estava nublado e "agradável".

Isso eu vi numa vez que andei naquilo. Imagina o cidadão que necessita desse tipo de transporte diariamente. Deve levar chicotadas atrás de chicotadas não só no sentido literal da palavra, pois aguentar aquilo todos os dias... só porque necessita mesmo.

E devemos achar uma solução e talvez começando por um culpado. No caso do Rio, por exemplo, é certo dizer que FHC é o responsável pela situação do sistema ferroviário carioca? Isso é difícil afirmar. Se tivesse mantido o sistema estatizado, difícil dizer que estaria em melhores condições. Para mim, o sistema de transportes em geral, principalmete o ferroviário, deveria ser estatizado. Vendo por fora, a concessionária responsável(SuperVia) não tem o menor interesse em melhorar o que deve, até porque teve seu contrato prorrogado com o Estado há pouco tempo. E ainda quem tem que comprar os trens é o Estado, e este junto à empresa previa um investimento de 2,3 bilhões de reais. Temos 50 anos(atual duração do contrato da SuperVia) para ver esse investimento. Vamos realmente esperar e trocar para outro tipo de transporte ou resta-nos agir?

12 de setembro de 2010

História de Criança

No ano de 2001, no auge de minha segunda série, hoje chamada de terceiro ano do primeiro ciclo, a minha querida e saudosa professora de primário, Tia Fátima, propôs para os seus alunos que eles fizessem uma pequena história, usassem a imaginação e passá-la para um pequeno livreto, sem pleonasmo por favor, pois era pequeno mesmo. E achei interessante relembrá-la e colocá-la aqui no blog, mesmo eu não sabendo na época, ela passa uma boa reflexão.


Na minha história, havia apenas dois personagens, um deles era o folclórico Saci-Pererê e outro era uma criança, o menino Pedro, ainda lembro do nome dele. Eis a pequena história ingênua, um pouco modificada devido ao tempo e um pouco incrementada, mas com sua principal "idéia".


O menino Pedro estava perdido em uma floresta. Andava para lá, andava para cá , não achava uma saída e continuava perdido. Pedro continuva andando, mas depois de um certo tempo ele passou a ouvir alguém lhe chamando:


- Psiu, psiu.
Pedro não queria saber e continuava andando. No entanto, Pedro não aguentou mais e olhou para trás, ficou aliviado, já que viu só as árvores com suas folhas movendo-se. Voltou a andar e voltou a ser chamado:  


- Psiu, psiu.
Pedro olhou para trás novamente, só que desta vez tomou um grande susto, era o Saci-Pererê.


Psiu


O menino não pensou duas vezes, danou a correr com o máximo de adrenalina no sangue cheio de medo do personagem de Monteiro Lobato. Saci, em seu redemoinho, ia atrás de Pedro medroso.


Pedro teve a infelicidade de tropeçar num galho de árvore caído e machucou-se, ficou todo ralado. Saci alcançou o menino e o levou para sua casa. Chegando lá, Saci o ajudou a tratar dos machucados e fez uma pergunta ao menino:


- Por que você correu de mim?


- Fiquei com medo de você. Respondeu Pedro.


- Eu te vi passando e queria lhe chamar para brincar. Retrucou Saci.


Pedro pediu desculpas ao Saci e quando Pedro melhorou foram brincar, como amigos de longa data. E assim terminou a minha história, um pouco modificada, mas como disse, sua centralidade está aí.


Ache a principal idéia e reflita sobre. Uma dica: por quem menos esperamos, somos "amparados".

9 de setembro de 2010

Alívio momentâneo

Na minha terceira postagem neste blog, falei sobre o líbero brasileiro Mário Jr. que teve roubadas sua medalha de ouro e a placa de melhor líbero da Liga Mundial de vôlei, na qual o Brasil foi eneacampeão.

Depois de um mês esperando com esperança de ter seus pertences de volta, ele procurou o presidente da Confederação brasileira de vôlei(CBV) para que este tivesse contato com a Federação Internacional de Voleibol(FIVB) para que esta o enviasse pelo menos as réplicas de suas premiações.

O líbero, portanto, obteve uma resposta positiva da Federação Internacional e dentro de um mês irá ter o que tanto deseja.

"Vai ser a mesma sensação de ter a original. A que vão mandar não vai ser nem a réplica, vai ser como se estivessem me entregando no campeonato. A medalha é a mesma, a placa também. Só vai mudar a data mesmo!" - disse o jogador.

Que bom que essa história teve um final feliz, entretanto, desta vez conseguiram recuperar, porém, nem sempre será possível isso ocorrer no país da Copa e das Olimpíadas. E quando não for possível? Este é um grande problema...

5 de setembro de 2010

Independência ou Morte

O dia 7 de setembro ficou marcado no Brasil e em Portugal, devido à Independência do Brasil que foi proclamada após uma série de acontecimentos que antecederam esse acontecimento. E teve como marca o grito do Príncipe Regente D. Pedro: Independência ou morte!

Este termo pode associar-se à sociedade atual.

Vivemos num país onde há pobreza (vem melhorando, mas ainda não é digno), um sistema público de saúde e educação que todos já sabem como são. Num país onde transborda corrupção, isto vai desde a população aos "politiquinhos". Num país onde é cada macaco no seu galho(não me venha falar de Criança Esperança), problema é meu ou o problema é seu. Numa geração onde a maioria dos adolescentes são fissurados em J. Bieber (nada contra o trabalho dele). Vivemos num país, onde tudo parece que está tudo bem, num conto de fadas, numa geração drogada, literalmente.

E o que que tem a Independência?

Hoje, ninguém se interessa por nada, vive alheio aos acontecimentos e só abre o olho quando é afetado, daí quer lutar, quer correr atrás, quer se juntar à ONGs, quer aparecer na TV, dizendo, não aguento mais. Enquanto estar em casa assistindo aos outros dizerem esta frase, pouco se importa, não se junta  àquele antes de acontecer consigo. Enfim, vivemos num comodismo generalizado, ou seja, nós morreríamos se gritássemos hoje, Independência ou Morte!

Hoje em dia, pode até ocorre, teoricamente, passeatas para tentar conseguir algo, uma "Independência", sempre há aquelas passeatasinhas, mas nada mais que isso, não há uma espécie de "plano extra-passeata". Acabou a passeata e ninguém fala mais nisso, vai cada um para o seu canto e talvez por isso é praticamente impossível conseguir algo desejado, não vão a fundo, pode até haver excessões, mas não vão a fundo.

E você me pergunta, "você Marcelo, faz algo contrário a isso, corre atrás?". Eu respondo que também estou nesse meio, entretanto, tenho uma certa consciência do que se passa e tento sempre fazer a minha parte para com a sociedade, como por exemplo, jogar lixo no lixo, sem demagogias. O fazer a minha parte é diferente do "cada macaco no seu galho", pois como eu disse é para com a sociedade.

Custa nada pensar um pouco mais no próximo, passe a bola para ele, para que ele faça o gol. Dê a sua assistência, faça sua parte, pelo menos de vez em quando, já será um avanço. Tenha um pouco mais de paciência, um pouco mais de tolerância. E o Brasil, Mundo agradecem...

29 de agosto de 2010

UPA 24 horas de espera

UPA 24h são estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares, onde em conjunto com estas compõe uma rede organizada de Atenção às Urgências. São integrantes do componente pré-hospitalar fixo e devem ser implantadas em locais/unidades estratégicos para a configuração das redes de atenção à urgência, com acolhimento e classificação de risco em todas as unidades, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências.

A estratégia de atendimento está diretamente relacionada ao trabalho do Serviço Móvel de Urgência – SAMU que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado à situação.

Acima, está definido o que se espera de uma UPA! Porém, não foi o que eu presenciei!

Esta semama, fiquei doente. Assim como a maior parte da população, eu necessito da saúde pública. Então, não fui à aula e fui a uma UPA pela primeira vez e achava que seria pronto-atendido como diz o seu nome. Chegando lá com minha mãe, eu em meu estado de febre e estava curioso até, por conhecer a tão falada UPA que eu só via por fora. Na recepção tem que fazer um pequeno cadastro, nesse tempinho do cadastro, reparei que havia na ala de espera umas 30 pessoas sentadas com cara de exaustas e um grupo em pé também esperando.

Ao final do cadastro, a recepcionista nos diz que seria necessário esperar 4 horas e meia em média para ser atendido, devido ao número de pacientes. Quando ouvi "esperar 4 horas e meia" desisti logo e junto à minha mãe, peguei meus documentos e voltamos para casa sem querer esperar. Se eu quisesse ser atendido eu poderia ter esperado aquele tempo todo, mas fiquei puto. Quando preciso pela primeira vez dessa tão falada Unidade de Pronto-Atendimento, vejo que é tudo a mesma coisa. Lotação generalizada e que de pronto-atendimento não tem nada.

Saindo da unidade, ouço uma mulher falar, na UPA da Tijuca está pior, eles estão indicando aos pacientes para que venham para cá. Imagina, se não consegue atender a todos da região, a unidade do Engenho Novo vai dar vazão com mais gente de outro local, aí já era a espera passará a 24, para poder dar uma real explicação para dar uma explicação ao 24h de uma UPA, que é 24 horas de espera.

As UPAs estão sendo construídas pelo tão falado Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula, que liderado por Dilma Rousseff em parceria com o governo de Sérgio Cabral. Eles se orgulham deste projeto que ainda está em andamento e pretendem lançar assim mesmo no início do ano que vem o PAC 2. Não sei o que vai ser esse PAC 2, só sei que será iniciado sem o fim do primeiro projeto. Populismo e demagogia misturados para assegurarem votos para antiga ministra Dilma.

Enfim, voltei para minha casa sem ter sido atendido e morrendo de frio numa tarde de sol. Assim que cheguei, fui dormir enrolado no edredon, que frio. Quando acordei já era noite e continuava o mal-estar, levantei, fui até a cozinha e lá sentei num banco, não aguentei ficar em pé, do nada comecei a suar, nunca suei tanto na minha vida, minhas pernas suam mais do que qualquer outra coisa e pareciam uma cachoeira de suor. Fiquei sentado e senti vontade de vomitar, chamei minha mãe e ela me deu um saco plástico, foram 3 tentativas de vômito, saiu apenas uma coisinha branca e lembrei de que eu não quis almoçar, saiu mais nada.

Esperando aquilo passar, depois de uns 10 minutos eu levantei melhor e fui aconselhado por minha mãe a  tomar um banho gelado no meu estado febril. E que banho salvador, depois dele não tive mais problemas.
E se eu antes de sair para UPA estivesse optado pelo banho gelado ao invés do quente, talvez agora, não iria escrever sobre a UPA 24 horas.

21 de agosto de 2010

Uma de minhas paixões

Paixão é um sentimento levado a um alto grau de intensidade, um amor ardente. E o clube que despertou este sentimento em mim foi o Club de Regatas Vasco da Gama! Infelizmente, não posso dizer que sou vascaíno desde que nasci, pois antes de o ser, fui tricolor e flamenguista. Mas com 6 anos eu "encontrei" este clube, isso eu sei porque eu lembro vagamente de ter comemorado os gols contra o River Plate, nesta época, nascia um sentimento verdadeiro, fanático!

Houve diversas tentativas de tentarem me transformar em flamenguista - boa parte de minha família é flamenguista - uma delas foi uma vez o meu cunhado me levar para assistir Vasco x Flamengo nas cadeiras brancas do Maraca no ano de 2000, no meio da torcida do Urubu, ou seja, se meu time fizesse gol, eu não poderia gritar. Num Maraca cheio, típico deste clássico, eu assisti ao meu time tomar uma goleada de 4 a 0 de se esquecer, com um show de Edílson Capetinha, um belo cenário para eu virar casaca e meu cunhado pensando, duvido que ele não mude de time desta vez, mas ela não foi de se esquecer como disse antes, pois por algum motivo, talvez por orgulho, eu não troquei de time e vi o quanto suportava pelo meu clube! 



Vasco da Gama, o clube fundado em 21 de agosto de 1898 às 14 horas e 30 minutos, que teve seu nome em homenagem ao Almirante Vasco da Gama, que em 27 de maio de 1498 havia descoberto o caminho para as Índias. O primeiro título carioca foi o de Remo em 1905 com o bi no ano seguinte. Em 1915, iniciou-se a história vascaína no futebol, depois de uma visita de um combinado português que 2 anos antes veio ao Rio de Janeiro, e  alguns sócios vascaínos fundaram o Departamento de Futebol em 26 de novembro de 1915 em uma fusão com o Lusitânia, clube de imigrantes portugueses!


O primeiro gol da história do Vasco foi de Adão Antônio Brandão, um dos maiores atletas da história cruzmaltina, sendo campeão em várias modalidades! O primeiro título foi em 22, venceu a segunda divisão carioca e garantiu o direito de jogar contra os "grandes" em 23! O Vasco foi o time que inventou o bicho, pagamento extra salarial dada a jogadores por um objetivo alcançado e na sua primeira participação na elite carioca desbancou Bangu, Flamengo, Fluminense e Botafogo e levantou seu primeiro grande título: Carioca de 1923. Com o título, o Vasco conquistou a popularidade e passou a ser um dos maiores do Rio com torcedores não só portugueses, mas de todas camadas da sociedade e de todas as origens, por isso clubes grandes e pequenos, temendo essa expansão, deram ordens para eliminar os analfabetos do time! Sem sucesso, os anti-vascaínos fundaram uma nova Liga, a qual excluíram o Vasco da Gama por conter em seu time, além de anafabetos, negros e operários! 


O Vasco fora da liga "racista" chegou ao seu primeiro título invicto em 1924 com 16 vitórias em 16 jogos. O estádio vascaíno foi construído numa colina em S. Cristóvão, que havia sido doada no XIX por D. Pedro I à marquesa de Santos, com a contribuição popular e por isso chegou a 8 mil sócios em 26. Devido ao seu grande sucesso,  também por meio da construção de um estádio, no ano de 1925 o Vasco foi aceito na Liga dos outros grandes, com igualdade de condições entre todos participantes. 


A construção de S. Januário, na época chamado Vasco da Gama, terminou em 1927 e passou a ser o maior estádio da A. do Sul até a construção do Pacaembu em 40. A Seleção Brasileira realizou seus jogos regularmente em São Januário até a construção do Maracanã em 50. O estádio vascaíno foi sede de comícios políticos e assembléias de sindicato de trabalhadores e num comício histórico, G. Vargas anunciou as leis trabalhistas do Brasil. O primeiro jogo do estádio foi Vasco x Santos, este já era famoso e tinha um ataque fortíssimo e saiu vitorioso, derrotando o meu Vasco por 5 a 3. Galego fez o primeiro gol vascaíno no estádio.


No Remo, o Vasco deixou escapar apenas o título de 1933 no período entre 1927 e 1939. Na década de 40,  o Vasco sagrou-se campeão invicto no remo e virou Campeão Invicto de Terra e Mar, foi uma década maravilhosa. 


O Expresso da Vitória veio nessa época, sendo o Vasco o primeiro campeão carioca no Maraca, o Expresso chegou ao fim em 1953, com 3 títulos internacionais! Os anos 60 foram os piores da história, onde teve poucos títulos! A década de 70 foi marcada pelo título brasileiro no ano de 74, vencendo o Cruzeiro por 2 a1 no Maracanã! A década de 80, o Vasco voltou a ganhar estaduais e novamente o Brasileiro em 89, com a famosa Sele-Vasco derrotando o São Paulo por 1 a 0 no Morumbi. 


Aí a minha década, a de 90, onde o Vasco conquistou o tricampeonato estadual entre 92 e 94. Foi tricampeão brasileiro em 97 e no ano de seu Centenário, tornou-se o único clube brasileiro a conquistar a Taça Libertadores no ano do Centenário. E no mundial, foi derrotado por outra potência, o Real Madri! No basquete se tornou a melhor equipe amadora do mundo, sendo superada pelo campeão da NBA.
Troféu da Taça Libertadores
Em 2000 perdeu nos pênaltis para o Corinthians, num Maracanã lotado, o campeonato mundial, o primeiro a ser organiado pela FIFA. No mesmo ano, o Vasco conseguiu uma goleada histórica sobre o Flamengo: 5 a 1, show do baixinho Romário. E ainda conquistou um dos títulos mais magníficos  de sua história, com uma vitória de virada sobre o Palmeiras, após estar perdendo de 3 a 0 dentro do Palestra Itália: 4 a 3 pra nós!


E ainda em 2000 contra o São Caetano, aconteceu a final mais polêmica da história após a queda do alambrado em S. Januário, que foi remarcada para o início de 2001, onde o Vasco sagrou-se tetracampeão brasileiro. Em 2001 conquistou o torneio Rio-São Paulo.


Em 2008, um dos maiores fracassos da história vascaína: o clube foi parar na segunda divisão, fazendo uma das piores campanhas no campeonato nacional, resultado de uma gestão ineficiente de anos anteriores. Em 2009, a torcida mostrou o que é amar um clube, lotando o estádio praticamente em todos os jogos e ajudou o time a voltar primeira divisão do Brasil, sendo campeão da segunda divisão.  
Este ano, a história ainda está sendo escrita e editarei em um possível novo post. No dia 21 de agosto de 2010, o nosso Vasco completou:
   Que orgulho de ser vascaíno.
Fonte e história completa: Site Netvasco.    
                                         

15 de agosto de 2010

Busca

Busca

Amanhã acordarei
e estarei cansado
mais um dia de batalha
mas, estarei de pé
para mais um dia alcançado.

Busco o meu futuro
não posso desperdiçar
o que pode ser meu lucro
eu tenho que segurar e
estarei no caminho a terminar.

É muita coisa contrária
vou indo aos "trancos e barrancos"
para terminar a minha história
e quando chegar ao fim
comemorarei minha glória...!                       
                                           

7 de agosto de 2010

Meu herói

Por volta dos meus 8 anos de idade, lembro como se fosse hoje, numa madrugada eu acordei com a minha irmã passando a mão em minha cabeça e ouvi minha irmã perguntar ao meu irmão:

-Você já sabe?
 Ele balança a cabeça que sim, já sabia!

Mas eu não e naquele momento, por curiosidade, eu quis saber também e perguntei do que se tratava! Mas aquela era uma resposta que eu jamais iria querer saber. Muitos dizem que a curiosidade mata, e a minha curiosidade no momento me matou, com aquela resposta, emocionalmente! Eis então que minha irmã responde pra mim:

-Nosso pai faleceu.
Eu não sei como uma criança de 8 anos de idade, que tem pouca noção de vida, reagiria numa situação dessas. Só sei que a minha foi  voltar para o lado em que eu estava dormindo e me derramar em lágrimas na madrugada mais infeliz de minha vida, logo voltei a dormir chorando!

Faz tanto tempo que o senhor se foi, meu pai! Sei que sempre olha por mim de algum lugar, vai me guiando por essa Terra de espinhos! Pena que não existem aquelas Esferas do Dragão, porque seria capaz de encontrá-las em qualquer canto para realizar meu sonho e, torço para que exista vida após a morte, porque quero encontrá-lo novamente!

Eu fico feliz quando vejo pais e filhos se dando bem, porque o filho está aproveitando o pai, e este aproveitando o filho! Em contrapartida, eu vejo aqueles que tanto faz tanto fez, como isso é de entristecer, por mais que tenha algum motivo - às vezes motivo bobo, pois eu penso comigo mesmo, se esta pessoa soubesse o vazio que faz a perda desta pessoa, duvido que ela estivesse fazendo isso!

Portanto, dê valor enquanto pode, dê o presente ao seu pai pelo menos no "dia dele", diga a ele que o ama. Isso me faz tanta falta! Não deixe para dar o valor depois que o(a) perder, pois não sabe a falta que sentirá de ter o seu pai, mãe etc. ao lado! Dar valor enquanto pode, vale a pena, se é que isso é uma pena...

3 de agosto de 2010

A violência e a medalha perdida!

Todos que acompanham o esporte nacional sabem que há pouco tempo a seleção brasileira de vôlei foi eneacampeã da liga mundial do mesmo! Foi uma conquista brilhante, com a seleção se isolando na frente sendo o país que mais conquistou títulos desta competição, ultrapassando a Itália que tem 8 títulos!

Porém, depois de um tempo o que fica de recordação de uma conquista importante é um diploma, é uma medalha, entre outras coisas que você pode depois de um tempo pegar, lembrar e dizer, isso aqui eu conquistei com suor!  O vôlei que é uma das alegrias do Brasil, uma das poucas coisas que lhe dá a possibilidade de falar com orgulho que é brasileiro! 


Entretanto, o líbero Mário Jr. não deu a sorte de ser pego por ladrões que fossem capaz de reconhecer, esses ladrões roubaram a placa de melhor líbero da competição e a medalha de ouro que ele conquistou com muito suor, mas não apenas o suor de dentro de quadra, mas também o suor da batalha, da força de vontade, os obstáculos e os ciclos que se passam até chegar a um título! 


O Mário Jr. daqui uns anos, se os seus pentences não forem recuperados,  não poderá desfrutar dessa sensação de ver tudo o que passou numa medalha, talvez o que possa servir de consolo será a memória, já que foi mais uma vítima da violência no Brasil! E mais uma vez se bate na tecla, quando daremos um basta na violência? São ditas muitas soluções, porém se faz pouco! Esse ano é de eleição, pensemos nesse ponto, faça com que ele pese na hora de sua decisão! Não espere esse problema te atingir...

30 de julho de 2010

Jogadores norte-coreanos são humilhados publicamente durante 6 horas por eliminação na Copa!

É, o governo da Coréia do Norte mais uma vez agiu na contramão da normalidade! A seleção do país voltou a disputar a Copa após 44 anos, o que já seria um motivo para se ter orgulho! Porém, como já era de se esperar, a seleção norte-coreana não foi tão bem assim na competição, sendo eliminada na primeira fase, com uma derrota de 7 a 0 para Portugal! Este jogo foi o primeiro a ser transmitido ao vivo na história pela tv estatal, devido ao bom resultado para eles contra o Brasil, na estreia, perdendo apenas por um gol de diferença, 2 a 1!

Transmissões do tipo haviam sido censuradas para evitar derrotas do tipo, o que para o governo de lá, ficaria feio pro governo dentro de seu país! Mas a derrota pra Portugal causou indignação e, no dia 2 de julho os jogadores foram culpados por falhar na tal "luta ideológica" do país!

Espera aí, como assim? A seleção volta a disputar uma copa após  44 anos ou 10 copas, jogou com a seleção pentacampeã do mundo, jogou contra outras duas seleções de nível em seus continentes. E ainda é humilhada? Só num país com um governo autocrático e sem conhecimento nenhum sobre futebol pra condenar a seleção. Exemplos positivos e contrários disso são os países africanos. O que importa é a esportividade, não interessa se fez uma boa campanha ou não.

Na África, hoje em dia, tudo é motivo de comemoração, até mesmo uma participação desastrosa numa copa do mundo! Podíamos fazer a análise de um acontecimento como um todo e não ver apenas o final, porque se o final não for positivo, se perde o que foi feito de bom em todo o processo!

29 de julho de 2010

Boas-vindas ao visionário!

Bom, aqui vai o meu primeiro post e já são 4 e 10 da manhã! Neste blog, tentarei falar de diversos assuntos, contando minhas próprias histórias, comentando os fatos e acontecimentos do dia-dia e porquê não falar também de esportes!
Espero agradar quem me acompanhar e  começarei com uma pequena história!

Na rua onde moro, durante 3 meses aproximadamente, houve um problema com luz elétrica. Primeiro, todas às noites, quando dava 11h da noite faltava luz ; segundo, que  no dia seguinte a querida LIGHT resolvia o problema, mas quando chegava às 11h da noite era aquela angústia geral! Depois de um tempo resolveram-se os problemas nas casas, porém, na rua quando anoitecia - onde tem uma quadra e um espaço para lazer em geral, principalmente para as crianças - era uma escuridão e já não era mais possível fazer o que se fazia!

Entretanto, eu não via nenhum tipo de movimentação em relação a isso, apenas sussuros! E o que eu pensei sobre isso foi o seguinte: enquanto faltava luz dentro de casa, havia algumas tentativas de solução, mas depois que isso se resolveu o povo se acomodou, deixando subentendido a idéia de que tem luz dentro da minha casa que se dane a rua! Eu com meus 17 anos, até poderia chamar algumas pessoas para uma conversa para tentar levar o caso à Associação de Moradores, porém, como eu percebi o desiteresse geral, deixei rolar para ver o que daria! E durou 3 longos meses sem rua...