30 de outubro de 2010

Segundo turno aí

Depois de algumas semanas, lá vem ele, lutou bravamente para conseguir encher o saco mais uma vez da nação brasileira, muitos diriam que este seria o Serra, mas digo que quem chegou, além dos presidenciáveis, foi o Segunto Turno.

Confesso que já estou de saco cheio do assunto eleição, assim como a maioria dos brasileiros também está. Entretanto, para alegria da nação, em menos de uma semana esse assunto perderá espaço na mídia, até a posse do novo(a) Presidente no início do ano que vem.

Em alguns Estados do Brasil, junto do DF, ocorrerá o segundo turno para Governadores. Eu pergunto: aqui no Rio, vai ter segundo turno? Respondo: claro que não, a nossa situação é maravilhosa, quase não há problemas na segurança pública, temos um excelente sistema de saúde etc. E em relação ao governador atual é incontestável a permanência dele para nos dirigir por mais quatro anos. Que inveja dos Estados que terão segundo turno.

Eu disse que Fernando Collor havia se candidatado ao governo alagoano, em relação a isso, há uma boa e uma má notícia: a boa é que ele não conseguiu se eleger, e a ruim é que o povo alagoano o deixou em terceiro na disputa. Também é querer demais se ele ficasse em último.

Collor apóia Dilma, esta apóia Sérgio Cabral, este é o governador reeleito no estado do Rio de Janeiro, perceba a roda gigante. Parece meio tarde para falar disso, mas queria deixar este assunto para mais perto desse segundo turno. E ainda tem o caso da Erenice com o seu filho para colocar na balança. Se Dilma e o PT perderem nessas eleições, os próprios culpados são eles mesmos. Viram Serra crescendo nas pesquisas e se desesperaram, caindo a máscara da "Mãe do Pac"e até mesmo do "Filho do Brasil".

E o Lula no meio desse desespero todo mostrou um defeito moral, ganhou uns descréditos por causa da indefesa Dilma Rousseff. Lula, sem dúvidas, foi o principal mentor de Dilma. E se ela for eleita, não há dúvida também que o Lula fará isso no mandato dela, sem problemas. Há poucos dias, o ex-presidente argentino Néstor Kirchner faleceu e ele era o marido da atual presidente argentina: Cristina Kirchner. A história na Argentina é que Cristina agia de acordo com o seu marido, ele era o mentor. Pois bem, todos sabemos que o Lula já tem uma certa idade e que a qualquer momento pode deixar de controlar a Dilma. Isto ocorrendo(só uma possibilidade, não estou agorando o Lula, não), será que a Dilma saberá andar com as próprias pernas? Isto só o tempo para nos dizer, mas devemos colocar isso em evidência.

E o Serra? Ah, esse fresco aí. Bolinha de papel e um suposto rolo de durex iriam levar o candidato a fazer exames e sofrer um tipo de tontura, que forçação de barra. Se o PSDB vencer nessas eleições será uma virada incrível por parte do PSDB, nem tanto para os brasileiros. Talvez se o Serra fosse candidato de outro partido seria diferente, ia ser um pouco mais bem visto. Não haveria as histórias das privatizações do PSDB e as negatividades do presidente que lançou o Plano Real, FHC.  E talvez se o PSDB lançasse o Aécio Neves ao invés do Serra, aquele poderia alcançar um patamar maior. Além do escândalo da bolinha de papel, Serra teve a história de seu assessor Paulo Preto ou "Negão" ter desviado 4 milhões de reais da campanha peessedebista. A essa altura do campeonato, a corrupção fica ofuscada pelos demais acontecimentos.

Por fim, há algumas semanas eu disse que não votaria em branco ou anularia o meu voto. No decorrer dessas semanas, essa opção ganhou espaço diante dos acontecimentos que antecederam o segundo turno. Mas votar em branco ou anular o voto é ser radical demais, ou não.

Ah, já ia me esquecendo. No domingo veremos quem vai vencer a interessante "briga particular" entre as igrejas de Silas Malafaia e Edir Macedo, o primeiro apóia o Serra e o segundo, que é dono da TV Record, apóia a candidata petista.

Por fim mais uma vez, termino esse texto com uma piada que minha mãe contou-me há alguns dias.
Afinal, existe aquele velho ditado: "tem que rir pra não chorar!"
Então, lá vai.
Pergunta: Por que a Dilma não consegue subir na árvore?
Resposta: Porque o Zé Serra.

23 de outubro de 2010

Minha primeira vez

Voltando do meu colégio, no dia 22 de outubro de 2010, fui interceptado por dois policiais militares. Nem acreditei, realmente não esperava. Afinal, tudo tem sua primeira vez, até ser parado por PMs.

Tudo começou quando saímos da praça, na hora de ir embora. Eu posso pegar dois caminhos para ir pra casa. Eu sempre escolho um caminho, e por ironia do destino, eu escolhi ir pelo outro. Estava comigo o meu amigo de longa data, Douglas Viana, quem me induziu a ir pelo caminho que não costumo ir, mas vai quem quer, e eu fui, ou melhor, nós fomos. Se eu estivesse escolhido o mesmo caminho de todos os dias? Bem provável que não seria parado por eles.

Quando estávamos há uma distância razoável do colégio, somos surpreendidos pelos tais. Até agora, não vi nada em nós que possa ter levado os infames a ter nos parado. Até porque, estávamos de uniforme do colégio. E depois até brincamos, ninguém mais tem respeito pela marca Cefet. Ou os policiais eram ignorantes. Se eu realmente estivesse de forma suspeita, nem falava nada. Mas nós estávamos uniformizados, pô. 

Tudo bem que foi bem rápido. Diante deles, até fiquei constrangido por não ter o mesmo grau de sujeira que aquela farda tem. Fizeram-me duas perguntas: o bairro e a rua onde eu moro. Mesmo assim achei uma falta de decoro com os nobres estudantes. E também depois do ocorrido, fomos horríveis em pensar: hoje é sexta-feira, estão loucos para garantir a cervejinha. Com isso, Douglas me disse que estava acostumado. Como assim acostumado? Virou moda ficar parando estudantes por aí? Inadmissível.

Essa daí é a nossa polícia, indo para outro assunto, corrupta, que pode até ser o reflexo de nossa população. Na atual situação da Polícia no Rio de Janeiro, penso que não só no Rio, quem deveria ser parado eram os policiais. Iria lhes fazer a pergunta: "qual foi o ato de corrupção que vocês cometeram hoje?". É relevante a idéia de minha generalização, aqueles dois que nos pararam têm a possibilidade de ser completamente legais diante da sociedade.

Parabenizo àqueles que lutam por uma corporação legal, é bastante visível como é difícil ser assim, contra um sistema mais do que consolidado, vide Capitão Nascimento. Gostaria de uma Polícia que, realmente, defende o bem comum e não contribui para com as mazelas sociais.
Entretanto, como já disse em um dos textos anteriores, ainda sonho usufruir um Brasil curado.

Fiquei injuriado.

17 de outubro de 2010

Ingratidão

Na última sexta, num belo dia dos professores, sem aula, fui com uns mulambos ao Rio Water Planet, um belo parque aquático na maioria dos sentidos. Foi um grande passeio, ao lado de alguns amigos do colégio, me diverti e me cansei demais.

Brinquedos ali, tobogans aqui, algo mais acolá. Era emoção à flor da pele descer pelo 90 graus.
Uns queriam se apresentar, queriam, sei lá, na verdade estavam de trollagem. Pareciam verdadeiros camicazes querendo se exibir.

Mas, o que eu quero dizer com este texto foi um ato de ingratidão ocorrido no parque. E o que me impressionou foi que esse ato fui eu que cometi(óh, ele nunca é injusto). Só vim perceber isso ontem, sábado. E fiquei me perguntando o por quê eu fiz.

Fiquei com a conclusão de que o ato foi sem querer. Talvez eu estivesse enjaulado pelo senso comum e me perdoei. Alguns vão achar isso uma bobagem, mas através desses pequenos detalhes que conhecemos algumas pessoas(sendo um pouco auto-complacente). Pequenas atitudes nos mostram como um ser é ou um ser nos mostra como é em pequenas atitudes.

Enfim, vou dizer o meu ato. Estávamos por volta das 13 horas da tarde e eu e mais alguns dos mulambos desceríamos por um tobogam conhecido como funil, o qual alguns se recusaram a descer. Pelo nome, percebem-se como é o brinquedo, que em seu final é o nome que o caracteriza. Então que chegou minha vez, aquele friozinho na barriga de sempre e eu fui. Fui fazendo aquele caminho, pernas para cá, pescoço para lá e a vermelhidão nas costas. E quando cheguei à parte do funil, perdi o controle(como se você tivesse controle num brinquedo desses) e caí de cabeça para baixo numa piscina com mais de 2 metros, e eu com aquele discurso de que nado mais ou menos, estava me afogando. Tinha a possibilidade de eu me salvar sozinho, entretanto, o salva-vidas, que mais parecia com o Makelele prateado do Pânico, não vai esperar por essa possibilidade e vai salvar a pessoa que está em apuros. E ele me salvou.

E o "X" da questão está aí. Depois que eu estava recuperado, nem olhei pra cara do lifeguard. Nada a ver o que eu fiz, o cara salvou minha vida e nem um olhar de satisfação. E foi como eu disse, foi como se eu estivesse enjaulado pelo senso comum, se é que me entendem. E os que não entenderam ainda, a minha explicação: o salva-vidas está ali pra fazer aquilo e está ali todos os dias e exausto de pegar pessoas na piscina. E por isso, talvez, não lhe dirigi a palavra agradecendo. Essa é minha explicação, sei que o salva-vidas não vai ler isso e nem deve ligar se agradecem ou não. Mas com esse texto eu o agradeço, reconheci a minha ingratidão.

E repito: pequenos detalhes nos fazem conhecer a essência de um indivíduo e vice-versa

10 de outubro de 2010

8 de outubro

O dia 8 de outubro é muito especial para mim e para todos que conhecem essa Mulher. Mais um aniversário.

Eu preciso escrever algo Dela e para Ela, principalmente, pois quando falei do meu Pai aqui há alguns meses e Ela leu o que eu falei do meu Pai, percebi que Ela sentiu um ciuminho. Mas nada demais.

São tantas coisas para se escrever Dela, que torna-se quase impossível descrevê-la. Ela é a minha base, ela quem moldou-me, ela quem atura-me, principalmente, pois reconheço que sou um pouco chato.

Digo que sou eternamente grato, eternamente não, pois nasci com bronquite(brincadeira!), é eternamente sim.
Eu poderia resumir esse texto em apenas uma palavra: MÃE. Sou abençoado por ter uma MÃE, dela vem aquelas palavras peculiares que uma MÃE representa: amor, mas amor mesmo, a ponto de ter aquele super-protecionismo(mais uma palavra), educação vem de casa, especialmete. E tantas outras que tentam definir uma MÃE verdadeira.

Lembro-me bem da época de primário, na qual tinham aquelas apresentações em homenagem aos Dia das Mães, e eu, completamente tímido e envergonhado, tentava fazer a melhor homenagem possível.
Esta Mulher, a partir dos meus 8, 9 anos de idade, foi ao mesmo tempo minha Mãe e meu Pai, não só meu, de meus irmãos também. Digo que ela soube, sabe e continuará sabendo por mais meio século de vida desempenhar esse papel.

E chegará uma hora, que eu vou ter também que fazer a minha parte, não só por obrigação, mas também por prazer. Até porque, como eu disse, sou eternamente grato por tudo que vem fazendo por mim. Espero que faça essa "retribuição" da melhor maneira possível, só que desta vez sem timidez e vergonha.

E termino esse pequeno e sincero texto com aquela arcaica frase: MÃE, eu te amo!

2 de outubro de 2010

Terra do Nunca

Terra do Nunca é uma história baseada, basicamente, em sua principal personagem: menino Peter Pan. Este é um menino que se recusa a crescer e que passa a vida por aventuras mágicas e a atividade do seu reino depende da sua ausência e presença, ou seja, é P. Pan quem faz funcioná-lo.

Na Terra do Nunca imaginada por mim, tudo é perfeito. Nela, não temos atrocidades, não temos ilusões, não vivemos covardemente, não seríamos obrigados a votar etc. Por outro lado, na minha Terra do Nunca, viveríamos em paz em todos os aspectos, teríamos devaneios apenas por diversão e não por necessidade e o povo desse Brasil seria o Peter Pan ideal.

Nós do Brasil somos o Peter Pan, um Peter Pan que se recusa a crescer, literalmente. Um Peter Pan que tem uma visão de tudo desinteressada, em muitos casos é burrice mesmo e não desinteresse. E por ser desinteressada é limitada. Na Terra do Nunca, nós iríamos ter gosto de assistir ao horário eleitoral gratuito, hoje não vemos o horário eleitoral não só porque é chato mas também porque, como já disse, há o desinteresse que é causado por quem está passando o seu programa, ou seja, o Peter Pan brasileiro(povo) já está cansado de não ver resultado, desacreditado, por isso meio que desistiu e desliga a TV. E aqueles que insistem em ver, têm que fazer vista grossa.

Entretanto, o cansaço foi causado pelo próprio Peter Pan, pois quando chega à hora da prova, mesmo podendo colar, fica reprovado. Reprovado porque não fez o trabalho de casa, porque não estudou para prova, porque pega o papelzinho no chão no caminho ao local de voto, porque vende o voto(outra discussão) e outras situações típicas de brasileiros.

Nosso menino Pan é diferente do da ficção, totalmente inverso, pois o da ficção rege o seu reino, e nós, somos regidos, desleixados e pagamos caros por isso. Os eleitos estariam em suas funções para nos servir, porém, somos nós quem os servimos. E o cidadão sofredor que pega o papelzinho no chão e tem após as eleições o mesmo tipo de vida sofrida, eu digo que é bem feito. Voto é coisa séria, e seriíssima.

Na minha Terra do Nunca, já que somos obrigados a votar, por que não o fazemos com vontade, custa nada, é apenas um dia em cada 2 anos. Sei que é difícil achar alguém digno de um voto em meio a tanta repugnância, mas quem procura acha, quem estuda passa na prova.

Na minha Terra do Nunca, presidente que foi impedido de governar(impeachment) em virtude de ilegalidades morais e financeiras durante o seu mandato(mesmo que fosse por outro motivo, sofreu impeachment, pô), não volta a concorrer nem mesmo a uma vaga de síndico. Mas como a minha Terra é a do Tudo, Fernando Collor voltou em 2006 e foi senador, e agora concorre ao governo alagoano. Se for eleito, será mais uma prova de que nosso Peter Pan tem algum tipo de defeito.

Por enquanto, eu vivo mergulhado em utopias, ainda tenho devaneios por necessidades, por enquanto vejo uma mulher a favor do aborto integralmente, prestes a montar no Peter Pan leproso.

E no meio dessas utopias, eu continuo sonhando em achar uma vacina para curar esses males, um dialeto que dê para entender o povo brasileiro, ainda sonho em ver esse Brasil curado, sentir esse Brasil curado e poder desfrutar desse Brasil curado.