29 de dezembro de 2010

De Lula a 2010

O ano de 2010 foi "maravilhoso". Final de ano, recordes da economia, consumismo à flor da pele. Nem parece que o Brasil ainda é um país com muitas dificuldades. Meios de comunicação vão jogando nas mentes brasileiras esse consumismo exagerado, fazendo com que você também entre nessa onda capitalista, afinal a economia precisa se movimentar. Mesmo não querendo o capitalismo corre atrás de você, se correr o bicho pegar e se ficar o bicho come.

Não guarde dinheiro em casa, no porquinho, deposite na poupança para satisfazer o ego dos grandes bancários e contribuir para economia brasileira. Dinheiro parado não ajuda em nada "nosso Brasil", só atrasa.

Nessa década, principalmente nos últimos quatro anos, isso é mais do que importante para o Brasil, movimentação de dinheiro, decorrência do crescimento desse país que vivia numa situação pior.

Mas esse 2010 foi maravilhoso para quem? É o crescimento que inflama os olhos dos poderosos, e todo crescimento tem também a parte que é menos favorecida, depende do ponto de vista. Por mais que o Brasil tenha crescido nos últimos anos, isso não vale para todos os brasileiros. Muitos ainda continuam na mesma situação, nem sabem se o Brasil cresceu ou não, eles não têm tempo para prestar atenção nisso, precisam correr atrás de seu sustento.

No último governo, classe D foi para C, esta para B etc. Sem dúvida nenhuma vamos crescendo. E agora falo sem receio em ter apertado o número 13 nas últimas eleições. Um tempo depois das eleições, tinha um certo "gostinho" de arrependimento, mas agora vejo que fiz a coisa menos errada.

No governo Lula, por mais que tenha tido mensalão, sanguessuga etc. o país vem crescendo realmente. E vem aquela questão, prefere o político que rouba e faz alguma coisa ou prefere o político certinho que não faz nada? Dá uma discussão. Excluindo essa parte negra do governo Lula,
acredito em que ele não esteja envolvido em nenhum desses tipos de máfia, o Brasil esteve em boas mãos nos últimos anos.

Por isso resolvi votar, na minha primeira eleição da vida, na continuação do trabalho, se eu votasse na outra chave no segundo turno, correria o risco de voltar oito casas. Votando na continuação do trabalho, penso e acredito que aqueles que não viram o crescimento do Brasil por perto, sejam englobados para ter também por direito uma vida melhor.

Nesse espírito que vou encerrando 2010, que o Brasil cresça por completo, atendendo de todas as formas todos os cidadãos brasileiros. Saúde, educação, segurança, saneamento, transporte etc. Quero que nosso recorde de impostos seja investido realmente na vida dos brasileiros. Isso pode ser um sonho, mas é o que eu acredito.

Assim, encerro o post: se seu 2010 foi quase perfeito, continue no mesmo caminho, se seu 2010 não foi tão bom, esqueça o que se passou e aproveite a onda de "ano novo tudo novo". Desejo um ano novo diferente e melhor do que todos os anos que já se passaram. Feliz Ano Novo a todos.

Ah, e aquilo lá em cima de depositar dinheiro no banco, foi uma ironia ao que deve ser feito no capitalismo, faça do seu dinheiro o que quiser, não se prenda a essa máquina. Agora fui, tchau 2010!

20 de dezembro de 2010

Uma verdadeira mulher e um Natal dos sonhos

Essa pequena história é de uma cobradora de ônibus, isso mesmo, de uma cobradora de ônibus. Ela trabalha numa linha de ônibus todos os dias da semana, exceto um, que é o dia de folga. Ela vive seis dias em função de um.

No dia de folga, a mulher tenta fazer tudo que não dá para fazer nos dias de trabalho. Tenta aproveitar os 4 filhos. Sem poder aproveitar o estudo que teve, ela trabalha para poder dar aos filhos menores um bom início de vida, algo que ela não teve quando era criança. Começou a trabalhar muito cedo para ajudar os pais e isso a atrapalhou nos estudos.

Viúva, ela leva uma vida difícil, com muito suor, mas consegue manter tudo no eixo. Os filhos foram bem criados, e vêem a mãe como um belo exemplo de vida. A mulher, com meio século de vida, passou por cada situação. O homem, com o qual ela teve os filhos, morreu por ser alcoólatra. E como eu disse, ela leva os filhos consigo sozinha, fazendo na maioria das vezes, tudo em função deles.

Dos filhos, uma (menina) soube aproveitar o grande exemplo que tem. Tendo uma infância livre, ao contrário da mãe, ela pôde estudar, e vê no estudo a única maneira de ter uma vida como ela quer. Vai cursando faculdade de engenharia elétrica numa conceituada universidade e ainda trabalha para ajudar a mãe e os irmãos mais novos. Definitivamente, a menina é o orgulho da mamãe.

Os outros três filhos, um já é resolvido, possui a própria casa com sua esposa e seu filho, tem a própria vida. Os outros filhos são menores. Estes, necessitam da mãe mais do que nunca e a mãe faz de tudo para honrá-los.

E chegou para todos da família mais um Natal. Todos de roupa nova na noite do dia 24 para esperar mais um aniversário de Jesus e fazerem, como todo ano, o amigo oculto familiar. Uma ceia digna de uma família normal brasileira e o que mais chama atenção é o clima que vive a família. Aquilo para mãe é algo incomparável, ela vê a pequena família toda reunida: o filho com a sua esposa e o netinho dela, a filha que é só orgulho e os dois meninos mais novos, a razão do viver daquela mulher batalhadora. E a única coisa a se lamentar naquela noite é ausência do pai, como ele era querido e não sabia, deixou muitas saudades. O amigo oculto é uma festa, os presentes são o que menos importa ali.

Chega o dia 25, todos se confraternizam, fazem a oração que a Mãe ensinou e que aprendeu da avó de seus filhos. Ao fim, continua a confraternização e por instante pegam a Mãe chorando. Chorando de alegria, felicidade, uma alegria para ela que não tem no dicionário. E num efeito cascata estão todos em círculo chorando, com a Mãe no centro. Um clima maravilhoso, uma mãe que possui uma família humilde tem tudo o que ela mais quer, um momento único daqueles.

Com o espírito renovado, a família fechou com chave de ouro um ano difícil. E esperam começar 2011 com o pé direito e novos ares. Tudo o que mais queremos é isso, que a família brasileira tenha um 2011 diferente e melhor do que todos os anos que já se passaram. A vida é complicada, mas a vamos levando da maneira que queremos. Fazendo muitos sacrifícios e vivendo, é o que mais importa.

Desejo a todos um belo Natal como o da família brasileira representada acima e um Ano Novo diferente e melhor do que todos que já se passaram. Tchau 2010, até logo.

3 de dezembro de 2010

Horacio Macedo: deixará saudades

Minha nossa. Já está no fim. Como passaram rápidos esses três longos anos. Até ontem eu fugia do trote, hoje já aparece o tom de despedida. Muita gente não gosta nem de falar isso, ela leva consigo algo que gostamos, que desejamos, que vivemos e vai embora.

Confesso que, mesmo eu vendo muitos já naquele tom de despedida, eu ainda não havia sido incorporado e o meu cansaço, o meu desejo por férias falavam mais alto e queria que acabasse logo. Agora, quando penso nesse final de ciclo, o coração arranha: está acabando.

Se disserem que nesses três anos no Horacio Macedo ( colégio de todas as tribos ) a do não te fez feliz, alegre, crescer como pessoa, isso tudo é mentira. Entramos no Horacio Macedo como um girino, e vamos saindo como um sapo do mais selvagem. É impressionante a forma que como esse colégio me fez evoluir, abriu muito mais a minha mente. Particularmente, mudei demais.

No primeiro ano era aquele sufoco, era estudar, estudar, estudar... Novas amizades sendo construídas, e você ralava para conseguir míseros pontos para ter o luxo de escolher o curso técnico que lhe convinha. Não me arrependo de nada daquilo que fiz no primeiro ano, fez parte do meu processo de crescimento como pessoa, fui abençoado em ser um dos escolhidos lá naquela listinha de alunos do município que ingressariam no Horacio Macedo. Da mesma forma que muitos não sabiam dessa listinha, outros muitos sabiam, e era enorme a quantidade de pessoas esperando o resultado da possível convocação. Já ali naquela tarde de expectativas, vi muitas carinhas, as quais eu me tornaria amigo se meu nome estivesse na lista.

Felizmente meu nome estava na lista dos novos alunos do Macedão. Eu corria o risco de ficar sem colégio, porque não havia recebido nenhuma carta de uma escola estadual, aquelas cinco que escolhemos no final da oitava série. Mais tarde que eu fui saber que havia chegado a carta, mas a vizinha não tinha entregado ainda. Quando abri a carta, vi que estudaria no Colégio Paulo Freire. E eu pergunto, será que seria a mesma coisa que foi no Horacio? Obviamente não dá para responder, mas eu não trocaria os meus três últimos anos do Horacio por três anos no Paulo Freire.

Em 2009, já no segundo ano, foi uma mistura de turmas por causa das escolhas de curso técnico, ali cada um tomava seu rumo e da mesma maneira éramos obrigados a construir novas amizades. Quem menos você esperava que viraria amigo, aproximou-se de você e agora possuem uma grande relação. Muitos se afastaram de suas amizades iniciais, alguns ficaram pelo caminho, mudaram de turma, mudaram de turno e por isso a obrigação de ter novas amizades. Ao contrário dos outros segundos anos, não fomos só coadjuvantes. Mandamos no futebol, ganhamos os dois títulos mais importantes da temporada do HM. Eu tive a oportunidade de jogar em dois times espetaculares, atuando em duas finais, uma de cada lado, isso é uma honra. Carregarei para o resto da vida até isso. O meu segundo ano não permitia a minha permanência no Hula-Hula e no meu terceiro ano eu fui jogar no time que tinha o vermelho do coração, o vermelho da paixão, o vermelho do comunismo: Skavurska. Não me arrependo em ter feito essa troca, de maneira alguma. Joguei no meu Skavurska.

O futebol do HM, campeonatos e mais mais campeonatos. É um absurdo qualquer tentativa de impedi-los. Eles movimentam o colégio, este não é a mesma coisa sem os jogos. E isso se expande para a história do trote, é um absuro qualquer tentativa de impedir o trote. Não são as cerimoniazinhas que integram os acanhados novos alunos ao restante do colégio, o que realmente faz essa integração são os trotes bem feitos, sem abuso.

Concluído o ano de 2009, vamos para o terceiro e último ano do HM. No terceiro ano descobrimos que estudamos todos aqueles anos desde o jardim em prol daquele ano: o ano de vestibular.  A maioria querendo uma vaga numa universidade. É o final do ciclo, não tem jeito. Vamos viver de novo o que vivemos no segundo ano, seremos separados. E por mais que isso aconteça, veremos também quem mesmo foi realmente seu amigo nesses três anos. O meu terceiro ano foi o melhor de todos os tempos, sendo um pouco fanático, pois sempre a nossa época é a melhor.

Da mesma forma que aproxima um final de ciclo, aproxia-se também o início de mais um e isso é motivante, vamos com tudo, começar com o pé direito, de preferência. Vamos buscar a nossa sobrevivência. Este ano, estamos sendo empurrados para o mundo adulto, sem chances de volta. Essa é a vida, vamos sendo levados para o mundo do comprometimento, da responsabilidade acima de tudo, da busca pelo primeiro emprego, enfim, é o mundo adulto logo ali na esquina. Como eu disse, não tem jeito.

Na reunião para os pais de novos alunos lá no primeiro ano, antes do ano letivo começar, eu ouvi da diretora que ex-alunos dizem que os três anos do HM foram uns dos melhores anos de suas vidas. Eu cheguei a duvidar. Hoje em dia, não tenho a menor dúvida. E repito e perpetuo essa história: foram uns dos melhores ano de minha vida. Vai fazer muita falta, de estar ali todos os dias, risadas e mais risadas, correndo atrás de nota, algumas desavenças, mas nada que possa destruir o que foi construído. Saudade, essa palavra dói. Entretanto, chega uma hora que acaba, vamos fazer o quê? Tudo que é bom dura pouco, não é esse o ditado? Sem dúvida, chega uma nova vida.

Por fim, nessa nova vida, lembraremos e sentiremos a vontade de retornar ao HM. Viveremos cada minuto nesse finalzinho intensamente. Agradeço por tudo, conheci pessoas maravilhosas nesse colégio e digo que O HM DEIXARÁ SAUDADES.

2 de dezembro de 2010

Um abraço

Um gesto tão simples, tão fácil, prático e de graça. Muitas pessoas nem dão muita importância para esse singelo gesto, mesmo que seja só por diplomacia. Pode ser dado na sua mãe, no seu pai, na sua avó, até no seu irmão e na sua irmã, num amigo, no bicho de estimação em qualquer pessoa querida e não querida também, se quiser.

Especialistas dizem que com um abraço no início do seu dia, o restante dele será bem prazeroso, bem mais fácil de driblar as inconveniências e imprevistos que nos acontecem.

Um abraço vale mais do que mil palavras. Se for tentar algum tipo de reconciliação com alguém, tente arrancar um abraço primeiro. Se conseguir, será mais fácil conseguir o perdão. Existem abraços de todos os tipos, desde aquele diplomático até aquele em uma pessoa bem especial, que por qualquer motivo lhe dar um abraço. Tem aquele de leve, tem aquele que aperta, aquele do tapinha nas costas etc.

Um abraço faz bem, já afirmaram os especialistas, não procure motivo para abraçar. Nesse caso é válido dar uma de maluco, mas um maluco feliz, isso que importa.

Portanto, não hesite em fazer isso. É bom... Olhe para pessoa mais perto de você e dê um abraço. Duvido que ela não irá gostar do ato inesperado. Compartilhe bem-estar, principalmente, estamos precisando dele. Divulgue: "Um abraço faz bem".