28 de setembro de 2010

Dia 27 de setembro

Dia 27 de setembro, além de ser o dia do aniversário de uma querida amiga, esse dia, todos sabem, é de São Cosme e São Damião. E nesta semana passamos pelo dia 27 de setembro. E falarei um pouco desse dia.

O dia é uma homenagem aos irmãos médicos e gêmeos Cosme e Damião, que na verdade chamavam-se Acta e Passio, respectivamente. O gêmeo Cosme é conhecido como o milagreiro da levitação e Damião é conhecido como o da tranquildade da aceitação de seu martírio.

Há várias histórias sobre sua morte, inclusive uma por serem bons demais, caridosos, e por haver uma história de cura de diversos pacientes, foram jogados em um penhasco com a acusação de feiticeiros e serem inimigos dos deuses romanos, isso por volta de 300 d. C.
Então essa história é antiga em relação aos irmãos e em relação às pessoas caridosas, pois, realmente, aqueles que querem e fazem o bem ao seu próximo, não têm vez.

E ainda tem alguns que tentam comprovar que os irmãos gêmeos não existiram. Devem ter algum motivo , mas para quê fazer isso? Sei que esses cars não vão ler isso, mas não vejo necessidade.

Na cultura brasileira, os irmãos são relacionados aos ibejis, também irmãos gêmeos do(a) Umbanda. Os gêmeos ibejis seriam crianças, no meu ponto de vista interesseiras, pois realizariam qualquer pedido em troca de doces. Engraçado. Hoje em dia, as crianças pegam doces sem realizar nenhum tipo de pedido ( fui um dessas crianças ). Também, haja pedido para tanta criança.

Tenho saudade do tempo em que eu "corria" atrás desses doces, era muito bom e chegava exausto a casa. Corria risco também pela rua, mas minha MÃE estava comigo. A gente cresce e não vai pegar mais, se fosse haja cara-de-pau. Entretanto, atualmente parece que esse costume vem perdendo seu prestígio. Ainda vemos movimentações pela rua de crianças, mas comparado a um tempo atrás, não é a mesma coisa, infelizmente.

Com o passar do tempo os costumes antigos vão perdendo cada vez mais a chance de permanecer entre nós, não há mais aquele conservadorismo, e até os coitados dos santos gêmeos estão perdendo a vez com a modernidade. Essa é a uma das partes maléficas provocadas pela modernidade.

19 de setembro de 2010

Sistema Ferroviário

Na história, o sistema ferroviário - trem - tem uma participação importantíssima no Brasil e no mundo. Essa importância é bem visível na época da Primeira Revolução Industrial, até porque na época o trem era um dos poucos tipos de transporte que  permitia o deslocamento rápido e eficaz das matérias primas para as fábricas.

Sua participação nas Primeira e Segunda Guerras Mundiais também foi "importante", pois permitia o transporte de soldados e armamentos para onde fossem necessários. Foi pelo trem, o qual os índios chamavam de "Cavalo de Ferro", que os colonos ingleses desbravaram o oeste americano e o trem também ajudou a construir o que é hoje considerada a maior potência mundial. Trens ligaram populações, regiões, continentes que eram completamente isolados e comunicação, por exemplo, demoraria muito tempo para se comunicar algo a alguém distante.

No Brasil, em 1835 houve o interesse de implatar o sistema, mas o projeto não foi para frente, à época dos Regentes. A "Baronesa" foi a primeira locomotiva a circular no país em 1854. O Sistema Ferroviário evoluiu no país, principalmente, no período entre 1911 e 1916 . Em 1957, é criada a Rede Ferroviária Federal, que unificou 42 ferrovias já existentes. Nessa época, surgem também as primeiras locomotivas a diesel no país. Nesta altura, a rede ferroviária brasileira já chegava a alguns países sul-americanos, como Bolívia, Argentina e  Uruguai.

No governo FHC, 1995 a 2002, onde houve uma série de privatizações de empresas estatais, o Sistema Ferroviário não escapou e foi privatizado em 1996 e suas linhas foram divididas por diversas empresas. O desejo inicial dessas empresas era o tranporte de cargas, deixando de lado o transporte de passageiros, que é essencial num país como o Brasil que tem dimensões continentais.

Nessa semana, fiz uma coisa que é praticamente raro de acontecer, andei de trem. Logo de cara, assim que adentrei a "lixataria", vi a situação dos vagões. Estão imundos, sem nenhum tipo de conservação. E num percurso em que demoraria no máximo 30 minutos para concluir, demorei 1 hora e 10 minutos, porque no meio do caminho ficamos parados por cerca de 25 minutos, pois funcionava só numa linha porque na outra havia um trem em manutenção e  por sinal cheguei a ver por fora e parecia estar na mesma situação do trem em que eu viajava. Quando está em movimento, parece que estamos num rally e vemos a diferença entre os vagões.E por sorte, não o peguei num dia quente, estava nublado e "agradável".

Isso eu vi numa vez que andei naquilo. Imagina o cidadão que necessita desse tipo de transporte diariamente. Deve levar chicotadas atrás de chicotadas não só no sentido literal da palavra, pois aguentar aquilo todos os dias... só porque necessita mesmo.

E devemos achar uma solução e talvez começando por um culpado. No caso do Rio, por exemplo, é certo dizer que FHC é o responsável pela situação do sistema ferroviário carioca? Isso é difícil afirmar. Se tivesse mantido o sistema estatizado, difícil dizer que estaria em melhores condições. Para mim, o sistema de transportes em geral, principalmete o ferroviário, deveria ser estatizado. Vendo por fora, a concessionária responsável(SuperVia) não tem o menor interesse em melhorar o que deve, até porque teve seu contrato prorrogado com o Estado há pouco tempo. E ainda quem tem que comprar os trens é o Estado, e este junto à empresa previa um investimento de 2,3 bilhões de reais. Temos 50 anos(atual duração do contrato da SuperVia) para ver esse investimento. Vamos realmente esperar e trocar para outro tipo de transporte ou resta-nos agir?

12 de setembro de 2010

História de Criança

No ano de 2001, no auge de minha segunda série, hoje chamada de terceiro ano do primeiro ciclo, a minha querida e saudosa professora de primário, Tia Fátima, propôs para os seus alunos que eles fizessem uma pequena história, usassem a imaginação e passá-la para um pequeno livreto, sem pleonasmo por favor, pois era pequeno mesmo. E achei interessante relembrá-la e colocá-la aqui no blog, mesmo eu não sabendo na época, ela passa uma boa reflexão.


Na minha história, havia apenas dois personagens, um deles era o folclórico Saci-Pererê e outro era uma criança, o menino Pedro, ainda lembro do nome dele. Eis a pequena história ingênua, um pouco modificada devido ao tempo e um pouco incrementada, mas com sua principal "idéia".


O menino Pedro estava perdido em uma floresta. Andava para lá, andava para cá , não achava uma saída e continuava perdido. Pedro continuva andando, mas depois de um certo tempo ele passou a ouvir alguém lhe chamando:


- Psiu, psiu.
Pedro não queria saber e continuava andando. No entanto, Pedro não aguentou mais e olhou para trás, ficou aliviado, já que viu só as árvores com suas folhas movendo-se. Voltou a andar e voltou a ser chamado:  


- Psiu, psiu.
Pedro olhou para trás novamente, só que desta vez tomou um grande susto, era o Saci-Pererê.


Psiu


O menino não pensou duas vezes, danou a correr com o máximo de adrenalina no sangue cheio de medo do personagem de Monteiro Lobato. Saci, em seu redemoinho, ia atrás de Pedro medroso.


Pedro teve a infelicidade de tropeçar num galho de árvore caído e machucou-se, ficou todo ralado. Saci alcançou o menino e o levou para sua casa. Chegando lá, Saci o ajudou a tratar dos machucados e fez uma pergunta ao menino:


- Por que você correu de mim?


- Fiquei com medo de você. Respondeu Pedro.


- Eu te vi passando e queria lhe chamar para brincar. Retrucou Saci.


Pedro pediu desculpas ao Saci e quando Pedro melhorou foram brincar, como amigos de longa data. E assim terminou a minha história, um pouco modificada, mas como disse, sua centralidade está aí.


Ache a principal idéia e reflita sobre. Uma dica: por quem menos esperamos, somos "amparados".

9 de setembro de 2010

Alívio momentâneo

Na minha terceira postagem neste blog, falei sobre o líbero brasileiro Mário Jr. que teve roubadas sua medalha de ouro e a placa de melhor líbero da Liga Mundial de vôlei, na qual o Brasil foi eneacampeão.

Depois de um mês esperando com esperança de ter seus pertences de volta, ele procurou o presidente da Confederação brasileira de vôlei(CBV) para que este tivesse contato com a Federação Internacional de Voleibol(FIVB) para que esta o enviasse pelo menos as réplicas de suas premiações.

O líbero, portanto, obteve uma resposta positiva da Federação Internacional e dentro de um mês irá ter o que tanto deseja.

"Vai ser a mesma sensação de ter a original. A que vão mandar não vai ser nem a réplica, vai ser como se estivessem me entregando no campeonato. A medalha é a mesma, a placa também. Só vai mudar a data mesmo!" - disse o jogador.

Que bom que essa história teve um final feliz, entretanto, desta vez conseguiram recuperar, porém, nem sempre será possível isso ocorrer no país da Copa e das Olimpíadas. E quando não for possível? Este é um grande problema...

5 de setembro de 2010

Independência ou Morte

O dia 7 de setembro ficou marcado no Brasil e em Portugal, devido à Independência do Brasil que foi proclamada após uma série de acontecimentos que antecederam esse acontecimento. E teve como marca o grito do Príncipe Regente D. Pedro: Independência ou morte!

Este termo pode associar-se à sociedade atual.

Vivemos num país onde há pobreza (vem melhorando, mas ainda não é digno), um sistema público de saúde e educação que todos já sabem como são. Num país onde transborda corrupção, isto vai desde a população aos "politiquinhos". Num país onde é cada macaco no seu galho(não me venha falar de Criança Esperança), problema é meu ou o problema é seu. Numa geração onde a maioria dos adolescentes são fissurados em J. Bieber (nada contra o trabalho dele). Vivemos num país, onde tudo parece que está tudo bem, num conto de fadas, numa geração drogada, literalmente.

E o que que tem a Independência?

Hoje, ninguém se interessa por nada, vive alheio aos acontecimentos e só abre o olho quando é afetado, daí quer lutar, quer correr atrás, quer se juntar à ONGs, quer aparecer na TV, dizendo, não aguento mais. Enquanto estar em casa assistindo aos outros dizerem esta frase, pouco se importa, não se junta  àquele antes de acontecer consigo. Enfim, vivemos num comodismo generalizado, ou seja, nós morreríamos se gritássemos hoje, Independência ou Morte!

Hoje em dia, pode até ocorre, teoricamente, passeatas para tentar conseguir algo, uma "Independência", sempre há aquelas passeatasinhas, mas nada mais que isso, não há uma espécie de "plano extra-passeata". Acabou a passeata e ninguém fala mais nisso, vai cada um para o seu canto e talvez por isso é praticamente impossível conseguir algo desejado, não vão a fundo, pode até haver excessões, mas não vão a fundo.

E você me pergunta, "você Marcelo, faz algo contrário a isso, corre atrás?". Eu respondo que também estou nesse meio, entretanto, tenho uma certa consciência do que se passa e tento sempre fazer a minha parte para com a sociedade, como por exemplo, jogar lixo no lixo, sem demagogias. O fazer a minha parte é diferente do "cada macaco no seu galho", pois como eu disse é para com a sociedade.

Custa nada pensar um pouco mais no próximo, passe a bola para ele, para que ele faça o gol. Dê a sua assistência, faça sua parte, pelo menos de vez em quando, já será um avanço. Tenha um pouco mais de paciência, um pouco mais de tolerância. E o Brasil, Mundo agradecem...