28 de março de 2011

Nasceu

Amanheceu o dia. A família, em casa, está apreensiva. As horas vão se arrastando. Nada de notícias.

O dia se vai. Já é noite e a família permanece a esperar apreensivamente. Eis que o telefone toca, todos se olham. Será notícias? A menina mais nova, a secretária da família, chega mais uma vez primeiro ao telefone e atende. Ela fica com aquele olhar de atenciosa. E todos olhando para ela com aquela fisionomia de curiosidade esperando qualquer reação da garota.

Passam-se alguns segundos, e ela bate o telefone decepcionada e diz: “Ah, é a Telemar cobrando o mês passado.” E todos em sincronia soltam a respiração. Também decepcionados. Voltam a comer a pizza.

Hora de dormir. A família vai se deitar. Cada um em sua cama, naquela expectativa.

Eis que chega o novo dia. É dia claro novamente. A expectativa continua. A família está à mesa para o almoço e conversam sobre a notícia que nunca chega.

Eis que chega o momento. Logo após o almoço, o telefone toca, mas é o sinal de fax. Todos em volta do mesmo, aguardando a saída da folha. A folha nunca saiu tão devagar. A menina mais nova, novamente foi mais rápida e pegou a folha.

A notícia mais aguardada é lida pela menina: o bebê nasceu. Finalmente. A alegria toma conta da família buscapé.

No dia seguinte é dia de visita. Vão todos conhecer a criança. O mais empolgado é o menino que aparenta ter 18 anos. A família se ajeita em casa para ir à maternidade.

A avó da criança, sempre a primeira a se aprontar, grita mais uma vez que estão atrasados. Tempo depois, a família sai de casa. Questão de tempo para verem pela primeira vez a criança.

Mal sobra espaço na van, e, enfim, chegam à maternidade. Identificam-se. Dirigem-se para o 4º andar na sala 416, onde estão a mãe e o bêbe. Chegam ao corredor cheio de salas com novas mães de todos os jeitos. Chegam ao 416 e, finalmente, a criança é apresentada à família buscapé. O menino, que aparenta ter 18 anos, quer pegar no colo, parecia ser o pai de tão bobo. Mas, na verdade, era o tio da criança.

A visita continua e os comentários sobre a criança vão se desenrolando, o tempo vai passando. O menino empolgado continua com a criança no colo, até que, para tristeza dele, tem que passar a vez.

Chega o fim da visita, funcionários já começam a despachar os familiares. Todos preparados para darem adeus. E o menino empolgado, na sala de visitas, está lavando as mãos para ter mais uma vez a menina em seu domínio. Até que falam para ele, reclamando: "ih, vai ficar ao lado dela amanhã o tempo inteiro, vamos.". Ele responde de primeira, oportunamente: "nunca deixe para amanhã o que pode ser feito hoje.".

Até que, realmente, chega o momento de ir embora. Despedem-se e saem do local de visitas. Na saída, os fumantes vivem momento de êxtase, já que é proibido fumar lá dentro.

O menino empolgado, apaixonado pela criança, registrou um dos momentos que estava com a criança no colo com a câmera de seu celular. Baba a todo momento que olha a Maria Eduarda.


Eu, particularmente, concordo com o menino empolgado. A Maria Eduarda é linda demais: 

Minha Duda!
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Indico o texto Gravidez. Até a próxima!

2 comentários:

  1. Que linda criança, vc sabe prender o leitor, parabéns.

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  2. nascimentos são sempre repletos de emoção.
    A expectativa e curiosidade é sempre grande.
    Estou seguindo seu blog , me segue tbm ?
    www.jogandonaparede.blogspot.com

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