23 de outubro de 2010

Minha primeira vez

Voltando do meu colégio, no dia 22 de outubro de 2010, fui interceptado por dois policiais militares. Nem acreditei, realmente não esperava. Afinal, tudo tem sua primeira vez, até ser parado por PMs.

Tudo começou quando saímos da praça, na hora de ir embora. Eu posso pegar dois caminhos para ir pra casa. Eu sempre escolho um caminho, e por ironia do destino, eu escolhi ir pelo outro. Estava comigo o meu amigo de longa data, Douglas Viana, quem me induziu a ir pelo caminho que não costumo ir, mas vai quem quer, e eu fui, ou melhor, nós fomos. Se eu estivesse escolhido o mesmo caminho de todos os dias? Bem provável que não seria parado por eles.

Quando estávamos há uma distância razoável do colégio, somos surpreendidos pelos tais. Até agora, não vi nada em nós que possa ter levado os infames a ter nos parado. Até porque, estávamos de uniforme do colégio. E depois até brincamos, ninguém mais tem respeito pela marca Cefet. Ou os policiais eram ignorantes. Se eu realmente estivesse de forma suspeita, nem falava nada. Mas nós estávamos uniformizados, pô. 

Tudo bem que foi bem rápido. Diante deles, até fiquei constrangido por não ter o mesmo grau de sujeira que aquela farda tem. Fizeram-me duas perguntas: o bairro e a rua onde eu moro. Mesmo assim achei uma falta de decoro com os nobres estudantes. E também depois do ocorrido, fomos horríveis em pensar: hoje é sexta-feira, estão loucos para garantir a cervejinha. Com isso, Douglas me disse que estava acostumado. Como assim acostumado? Virou moda ficar parando estudantes por aí? Inadmissível.

Essa daí é a nossa polícia, indo para outro assunto, corrupta, que pode até ser o reflexo de nossa população. Na atual situação da Polícia no Rio de Janeiro, penso que não só no Rio, quem deveria ser parado eram os policiais. Iria lhes fazer a pergunta: "qual foi o ato de corrupção que vocês cometeram hoje?". É relevante a idéia de minha generalização, aqueles dois que nos pararam têm a possibilidade de ser completamente legais diante da sociedade.

Parabenizo àqueles que lutam por uma corporação legal, é bastante visível como é difícil ser assim, contra um sistema mais do que consolidado, vide Capitão Nascimento. Gostaria de uma Polícia que, realmente, defende o bem comum e não contribui para com as mazelas sociais.
Entretanto, como já disse em um dos textos anteriores, ainda sonho usufruir um Brasil curado.

Fiquei injuriado.

Um comentário:

  1. uma dica...mude o fundo do blog...e ruim de se ler...complicado o que aconteceu...mas fazer o que???...

    ResponderExcluir