6 de janeiro de 2011

Gravidez

A mulher faz o teste e dá positivo, mais uma criança virá a esse mundo. O pai ficou sem reação quando soube de sua esposa e os dois comemoram, estão super felizes com a criança que dentro de alguns meses chegará. Depois de um tempo casados resolveram ter um filho para coroar a bela vida que eles levam. O filho com certeza iria chegar na hora certa.

Os futuros avós estão bobos. E começam a dar palpites para o nome da criança e quem deverão ser a madrinha e o padrinho do bebê. Os avós paternos querem um menino, já os avós maternos querem uma menina. Para mãe e para o pai, o sexo da criança será indiferente, eles querem mesmo é ter um filho, seja menino ou menina.

Passam-se os meses, os exames estão sendo feitos rigorosamente para evitar qualquer problema com a criança. O pai está ansioso, não vê a hora de o filho(a) chegar. A mãe continua na batalha de uma gravidez, exames aqui, exames ali...

Numa noite, a grávida chega para o marido e fala que quer fazer sexo, isso mesmo, quer fazer sexo. E indaga ainda que desde que quando o marido soube que sua mulher estava grávida, ele não a procurou mais para uma relação sexual. O marido disfarça, dá uns passos, vira para ela diz que não a procurou mais porque tem medo de machucar a criança no ventre da mãe. Preocupação de um pai mal-informado. A mulher retruca de primeira e comenta que não tem problema, o médico falou isso para ela e que o casal pode ficar despreocupado em relação a isso.

O marido pede cinco minutos à esposa e abre o notebook, entra no google e digita "sexo na gravidez". Entra no site da BBC de Caxias e depois de um tempo vê que o que a sua mulher o informou está correto e que não ocasionará nenhum problema para a esposa e muito menos para o bebezinho. Depois da confirmação, os dois aproveitam a noite de céu estrelado e a mulher tem seu desejo atendido, li-te-ral-men-te!

O tempo passa e a criança é uma menina, Maria Eduarda, e faltam ainda dois meses para criança nascer. Os avós maternos "venceram". Subitamente, a grávida começa a sentir fortes dores no ventre dentro de casa. O pai todo desajeitado não soube o que fazer, ligou para todo mundo, desde os futuros avós de seu filho até o Corpo de Bombeiros. O Corpo de Bombeiros informou o que deveria ser feito e o pai a levou no carro do vizinho até a maternidade mais próxima de sua residência.

A família lota a maternidade, desde os avós das crianças, passando pelos tios, até os primos. Todos se prepararam para receber a criança em grande estilo. Mas como era de se esperar, a esposa foi liberada com as suas dores sanadas. Foi um alarme falso. Todos voltam para casa, até o vizinho que ficou esperando.

Os dois meses que faltam passaram e agora é questão de tempo. Num fim de tarde, eis que a criança quer nascer, o pai que pediu férias do trabalho já sabe o que fazer e vai até o vizinho pedir a ele que leve sua esposa à maternidade. Antes de sair de casa o pai avisa aos avós que a criança vai nascer. Em instantes, já estão no hospital e o mais incrível é que os quatro avós já estavam presentes na maternidade.

Na hora de tirar a grávida do carro, os avôs materno e paterno brigam para ver quem ajudará a tirar a futura mãe do carro e impedem a saída. O pai pelo outro lado tira a mulher e a leva para emergência.
Tempo depois, todos estão à espera, menos o pai que acompanha dentro da sala do parto. Minutos além, o pai desmaia acompanhando parto e nem vê o nascimento da filha.

Uma emoção só da mãe, da família presente e do pai que foi o último a ver a criança e até o vizinho não consegue segurar o choro. A Maria Eduarda renovou ainda mais o ar da família e principalmente dos pais. A criança foi recebida com todo carinho. Todos ficaram felizes com a chegada da Duda que veio com a saúde perfeita. Agora, resta educá-la. Portanto, seja bem-vinda, Maria Eduarda.

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