30 de janeiro de 2011

Utopia das utopias

Aqueles que acompanham o que acontece no mundo, sabem o que está acontecendo no Egito. A população está mais do que insatisfeita com o seu governo ditador, no qual o presidente Mubarak está no poder há "apenas" 30 anos ( sonho de Hugo Chávez ).

Pois bem, estou aqui para destacar uma manchete do jornal "O Globo" do dia 30 de janeiro. A manchete diz o seguinte: "Egito à beira da anarquia".

Eu já poderia parar por aqui, era só fazer a ligação do título dessa postagem com a palavra anarquia, ou seja, utopia das utopias mesmo. Um sonho para jovens "revoltados", o anarquismo para estes seria tudo. Não sou tão revoltado assim, mas me simpatizo com a teoria do anarquismo, na prática, não sei como seria.

Creio que para o Egito chegar a esse estágio, a população já esteja bem evoluída, os cidadãos já sejam extremamente conscientes, podem se comandar, sem nenhum poder público por perto. Mais uma coisa é certa, a revolução está bem encaminhada. Acho difícil que no fim da história termine com o anarquismo, mas parece que o povo, com um fundamentalismo islâmico, vai conseguir o que quer: derrubar a ditadura.

Aqui no Brasil, se depender de nós, o anarquismo nunca irá existir, somos tão parados, cheguei a comentar isso no post Terra do Nunca e em alguns outros. Desejo que o que acontece no Egito, em relação ao movimento em massa contra o governo, alastre-se para o outro lado do Atlântico, já que isso no Oriente Médio virou moda. Hoje, usaríamos essa movimentação para cobrar um reajuste maior do nosso salário mínimo por exemplo, assuntos batidos que são de longa data, os quais já nos acostumamos com suas deficiências, como por exemplo saúde e educação.

É claro que a situação do país das pirâmides é mais grave do que a nossa, trata-se de uma ditadura, a qual já superamos faz tempo. É, o Brasil já passou por isso, a população já saiu às ruas para cobrar. É uma pena que isso se perdeu com o tempo. E, portanto, não só o anarquismo em si é uma utopia, tornou-se utopia também o desejo do povo brasileiro de lutar pelo que lhe convém. Estamos engrenados.

Não podemos esquecer do nosso passado de tantas revoltas, simplesmente estamos ignorando. Há tanta coisa que merece uma manifestação nesse país. Também estou engrenado, mas o desejo de uma revolução existe. Acho que vou sozinho à Cinelândia, armar acampamento na escadaria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e declarar greve de fome. O que pode acontecer é o seguinte, ou não me darão bola e me chamarão de maluco e morrerei pelo país ou meus interesses serão atendidos.

Por fim, voltando ao Egito, espero que tudo acabe bem por lá e torço para que consigam o anarquismo para ver como é um país com tal perfil, afinal, na prática não sei como é uma população independente com ausência de coerção. Sem mais delongas,  acompanharemos a novela "Egito à beira da anarquia" e espero que dessa vez o vilão não se dê bem.

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