21 de fevereiro de 2011

Muito mais que irmandade!

Era um menino como todas as outras crianças. Às vezes ia à igreja com sua irmã mais velha. A irmã para o menino é como uma segunda mãe, é idolatrada por ele. Na época de dia das mães teve aquela festividade na igreja, homenagem justa às mães.

Todas as crianças da igreja recebiam um pano com mensagem de dia das mães para entregar à mãe. Naquela época, a irmã do menino ainda não tinha filho, e sua irmã o incumbiu de homenageá-la. Que alegria para o menino.

No dia da entrega, no domingo das mães, acontece a entrega das lembranças. O que menos importava ali era o presente, pois o que tinha mais valor era homenagem às mães fiéis. Começa a entrega com a fila extensa, uma criança de cada vez tendo que falar uma frase para sua mãe. Na quinta criança já está monótona a entrega, as crianças já falavam a mesma frase. 

Até que chega a vez do menino, o irmão-filho. Há religiões que só aceitam a adoração a Deus e a mais nenhuma outra coisa. Porém, o menino quebrou a regra, de maneira nervosa na frente de todos e soltou: "esse presente é para minha irmã adorável". Aposto como aquela suave frase soou como algo indefinível nos ouvidos de sua homenageada. A igreja é surpreendida pela frase e aplaude como nunca. Um momento especial.

Uma certa vez o menino brincava na rua com a sua inseparável bola. Uma tarde agradável, nem calor, nem frio. O menino se prepara para bater o pênalti, corre para bola e chuta com o pé direito e acerta no ângulo esquerdo do goleiro, que nem saiu na foto.

O menino, empolgadíssimo, virou-se para comemorar com uma das mãos para o alto e só com o indicador levantado, lembrando das comemorações do Ronaldo Fenômeno. Na hora do giro que ele levantou a mão deu de cara na barriga da mãe. Ela tinha um recado.

A irmã do menino, que é sua irmã mais velha estava o chamando na casa dela. Foi ver o que era, quando ela chama ele vai logo lá, nem pensa duas vezes. Chegando a casa de sua irmã ela estava o convidando para ir ao shopping pagar uma conta. O menino rapidamente aceitou e foi se ajeitar, logo depois, foram pagar a conta.

Chegando ao shopping, uma grande surpresa para o menino de aproximadamente 6 anos. A irmã o enganou e, na verdade, foi levá-lo ao cinema. A criança ficou com o sorriso de orelha à orelha quando soube da verdade. O filme era um clássico dos estúdios Disney: Mulan, que foi lançado em 1998.

Fazem o "ritual" que é feito antes de entrar na sala de cinema. Aquilo era inédito para o menino, primeira vez no cinema. Compraram a pipoca e o refrigerante, a pipoca o faz mal, o menino tem bronquite. Eis que entram na sala do cinema, quando sentam na poltrona, naquela escuridão, o menino derrama o refrigerante em si, que beleza.

A noite de cinema com uma felicidade sem limites para o garoto. Tudo ali valeu a pena. Talvez, a irmã não sabe o quanto o fez feliz naquela noite no final do século xx, na época FHC.

E deu a hora de voltar para casa, no fim de tudo, o menino ainda ganhou 1 real que para ele naquela época era muito, tinha apenas 6 anos.

Hoje, os dois principais personagens desta história estão assim:

Uma irmã-mãe: Andréia Lima!
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2 comentários:

  1. Simplesmente LINDO!
    A minha irmã tmb é como mãe pra mim, ainda mais por ser gêmea ;)
    Parabéns pelo texto.

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  2. Amei o texto, vc mora no meu coração.

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